O deputado estadual Júlio Campos (União) alertou sobre o avanço das organizações criminosas no Brasil e afirmou que há cidades em Mato Grosso que já estão “dominadas” pelas facções. Ele também criticou a suposta falta de apoio do governo federal, sob gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à operação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortes e se tornou uma das mais letais da história do estado.
Leia também
Deputados de MT que culpam Lula por violência no Rio são críticos à PEC que aumenta ‘presença’ da União na segurança
“Hoje as organizações criminosas tomaram conta, não só do Rio, como de grandes partes [do país]. Até mesmo Mato Grosso tem alguns municípios que estão totalmente dominados pelas facções”, afirmou.
Segundo ele, o cenário é de “tragédia” e o governador Cláudio Castro (PL) está “sozinho” no enfrentamento à criminalidade. O deputado lamentou o que classificou como abandono do governo diante da escalada da violência.
“Eu vi que o governador do Rio estava magoado, ressentido pela falta de apoio do governo federal. Ele pediu socorro, porque do jeito que está o Rio de Janeiro, é uma tragédia. Mesmo assim, não teve a presença do governo federal dando apoio. Ele está sozinho”, destacou.
Júlio também concordou com o posicionamento do governador Mauro Mendes (União) que havia elogiado a operação e cobrado mudanças na legislação penal.
“O Mauro foi muito correto, falou o que devia falar. As leis do país têm que ser mudadas, porque do jeito que está, não adianta. Prende e solta, prende e solta, e os bandidos tomando conta”, afirmou.
Questionado sobre a necessidade de combater o poder financeiro das facções, o parlamentar disse que há avanços nesse sentido, mas reconheceu que o problema é nacional.
“A Receita Federal e a Polícia Federal já estão bem mais preparadas para enfrentar o setor financeiro das organizações criminosas, que realmente hoje está dominando, não só lá [no Rio], como em vários estados brasileiros, entre os quais Mato Grosso também é muito forte”, completou.
FONTE





