A nova ofensiva comercial do presidente Donald Trump entrou oficialmente em vigor nesta quarta-feira (6), com tarifas adicionais sobre produtos brasileiros que podem impactar até 0,2 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nacional nos próximos 12 meses, segundo estimativas de mercado. A partir desta quinta-feira (7), outros países também passarão a sentir os efeitos das novas tarifas.
Combinada à política monetária estável dos Estados Unidos, às incertezas fiscais tanto no Brasil quanto lá fora e à volatilidade cambial, a medida criou um ambiente desafiador para os investidores. Diante desse cenário, corretoras e gestoras mantêm a recomendação de ações internacionais com forte presença em tecnologia, especialmente aquelas menos expostas a barreiras comerciais.
“As bolsas americanas têm atingido máximas históricas, mas podemos observar um forte fenômeno de descasamento: o impulso das bolsas é majoritariamente proveniente de ações ligadas à temática de inteligência artificial, enquanto temas mais afetados por tarifas enfrentam ambiente desafiador”, escreveu a equipe de equity research da XP em relatório.
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Abaixo, confira as ações internacionais recomendadas por sete instituições locais para navegar no mês do tarifaço de Donald Trump. Foram considerados apenas os papéis mencionados em pelo menos três carteiras diferentes.
6 ações internacionais para navegar em agosto, mês do tari
Para a equipe de equity research do BTG Pactual, três motivos justificam o investimento na Microsoft: “Integração de aplicações de inteligência artificial em seus principais produtos, como o Microsoft Office e o mecanismo de busca Bing; desenvolvimento de soluções em realidade virtual; e novo ciclo de crescimento impulsionado pela expansão da computação em nuvem por meio da plataforma Azure”.
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A multinacional norte-americana representa 5% da carteira global da XP Investimentos. A casa citou que a Amazon oferece serviços de compras online, operando principalmente na América do Norte, e controla a Web Services (AWS), que é uma “companhia de vendas globais de serviços de computação, armazenamento, banco de dados e outros serviços para startups, empresas, agências governamentais e instituições acadêmicas”.
O Itaú BBA disse que o BDR da Alphabet passou por um mês de forte valorização em julho e agora BDR caminha em direção a sua máxima histórica em 103,90. “Caso a supere, poderá estender as altas para as regiões de 114,10 e 125,80. No lado das quedas, será importante no curto prazo que a BDR de Alphabet se mantenha acima de 83,95”.
Em relação ao BDR da Meta, o Itaú BBA disse que o título caminhou bem no movimento de alta e superou sua antiga máxima histórica em julho. “Com este movimento, o BDR abriu espaço para continuar a tendência em busca das regiões de 168,20 e 194,90. O BDR de Meta continuará com este potencial de alta no médio, enquanto negociar acima da região de 125,75”.
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Segundo a Toro Investimentos, a Nvidia é um bom negócio porque “fornece a infraestrutura subjacente ao avanço da inteligência artificial generativa, sendo líder na tecnologia que tem o potencial de redefinir diversas indústrias ao longo dos anos”. Além disso, a companhia tem posição dominante no fornecimento de GPUs utilizadas em data centers, disse a casa, “com cerca de 80% de participação de mercado, com parceria para o fornecimento de produtos para várias empresas”.
Já o JPMorgan, segundo a Toro Investimentos, se destaca porque é líder em muitos segmentos de atacado e varejo, tendo uma “notável capacidade de cross-sell por ofertar uma variedade de produtos e serviços”. O banco também tem ampla capilaridade e é capaz de investir grande quantidade de dinheiro no mercado financeiro.