O prefeito Abilio Brunini (PL) amenizou as declarações do vereador Chico 2000 (PL), que retornou à Câmara Municipal após 126 dias afastado por decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia. O gestor afirmou que o colega de partido nunca fez parte da base do Executivo no Legislativo.
Leia também:
Moretti apresenta projeto ao governo do Estado para construir novo Pronto-Socorro
“É importante lembrar que o vereador Chico 2000 não era da nossa base. Desde a época em que quis ser candidato a presidente da Câmara e a gente apoiou a Paula Calil, ele ficou com um pé atrás. Depois, durante o mandato, se posicionava como independente, uma pessoa que agia como gostaria de agir dentro do Legislativo”, disse Brunini.
Ao comentar a investigação que resultou no afastamento de Chico e do vereador Sargento Joelson (PSB), o prefeito ressaltou que não citou nomes na denúncia feita quando ainda era deputado federal. “Quem identificou o vereador Chico 2000 foi a própria Polícia Civil. Em momento algum usei isso para me promover ou prejudicar alguém. O papel da Prefeitura foi entregar as informações e deixar que a investigação seguisse”, afirmou.
Na volta ao Parlamento, Chico declarou que nunca teve relação cordial com o prefeito e que sempre buscou “hastear bandeira branca”. O vereador também citou episódio em que, segundo ele, a Câmara retirou recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que poderia tornar Abilio inelegível, a pedido do então deputado.
Chico afirmou ainda que não será oposição declarada ao Executivo, mas analisará cada projeto enviado pelo prefeito. “Não vou defendê-lo, mas vou votar favorável a tudo que for positivo para Cuiabá”, disse.
Brunini destacou que todos os vereadores têm autonomia para definir sua posição política. “Se quiserem atuar na oposição, podem atuar. Se quiserem ajudar o Executivo, estão convidados. Se quiserem ser independentes, também têm espaço”, afirmou.
FONTE
