Início CIDADES Período de seca aumenta casos de acidentes com animais peçonhentos

Período de seca aumenta casos de acidentes com animais peçonhentos


 

Dados do Sinan apontam que, entre 2024 e agosto de 2025, foram registrados 235 casos no Município sendo os escorpiões os principais responsáveis pelas ocorrências, com 117 notificações, o que representa 53,7% desse total

 

Com a chegada do período de seca, a atenção precisa ser redobrada: os acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e serpentes, costumam aumentar nesta época do ano. O clima mais quente e a redução da umidade favorecem o deslocamento desses animais em busca de abrigo e alimento, fazendo com que o risco de encontros indesejados seja ainda maior, especialmente em quintais, terrenos baldios e até dentro das casas. Por isso, manter os ambientes limpos e adotar medidas preventivas simples pode salvar vidas.

Os acidentes provocados por animais peçonhentos continuam sendo um desafio para a saúde pública de Várzea Grande. Dados da Vigilância Epidemiológica, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), apontam que, entre 2024 e agosto de 2025, foram registrados 235 casos no Município e região, sendo os escorpiões os principais responsáveis pelas ocorrências, com 117 notificações, o que representa 53,7% do total.

Segundo o levantamento, apenas em 2024 foram 130 casos, com maior concentração no 4º trimestre (35,4%). Já em 2025, até o fim de agosto, foram 105 registros, sendo que o 1º trimestre respondeu por 37,1% e o 2º trimestre por 38,1% dos acidentes. A sazonalidade está diretamente associada ao período chuvoso e às mudanças climáticas, que favorecem o surgimento desses animais.

BAIRROS MAIS AFETADOS – A análise dos casos mostra que os bairros Cristo Rei (9 casos), Parque do Lago (7 casos) e Ponte Nova (6 casos, sendo 5 apenas em 2025) concentram o maior número de acidentes com escorpiões. O crescimento expressivo dos registros no bairro Ponte Nova este ano acendeu um alerta para um possível aumento da infestação, relacionado a fatores como condições ambientais, urbanização acelerada e acúmulo de resíduos sólidos.

PERFIL DOS ACIDENTES – Os dados revelam o seguinte cenário para os acidentes com animais peçonhentos em Várzea Grande:

                •             Escorpiões: 117 casos (53,7%)

                •             Aranhas: 29 casos (13,3%)

                •             Abelhas: 27 casos (12,4%)

                •             Outros animais: 31 casos (14,2%)

                •             Serpentes: 7 casos (3,2%)

                •             Lagartas: 2 casos (0,9%)

O levantamento reforça que a maior parte das ocorrências está concentrada em áreas urbanas, o que acompanha o perfil registrado em nível estadual e nacional.

Para a gerente de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Carreira, os números reforçam os cuidados contínuos que a população deve ter ao manipular quintais, jardins e ralos de banheiro e pia.

“O escorpionismo tem sido o principal desafio em Várzea Grande e os dados mostram que precisamos fortalecer a vigilância, principalmente, nos bairros com maior incidência. A prevenção é a principal forma de reduzir os riscos e proteger a saúde da população.”

ATENDIMENTO E TRATAMENTO – Em casos de acidentes com animais peçonhentos, a orientação é procurar atendimento médico imediato. O Pronto-Socorro e Hospital de Várzea Grande é a unidade de referência para o Município, onde a população pode buscar auxílio de forma rápida e segura. A farmácia do Pronto-Socorro está abastecida com soros e imunoglobulinas necessárias para o tratamento de casos envolvendo picadas e envenenamentos causados por serpentes, escorpiões, aranhas.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO – A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população à adotar cuidados simples, mas eficazes, para reduzir os riscos de acidentes:

                •             Manter quintais e terrenos limpos, evitando o acúmulo de entulhos e resíduos

                •             Vedar frestas, ralos e portas para impedir a entrada de escorpiões e outros animais

                •             Evitar o manuseio direto de animais peçonhentos e acionar equipes da zoonose  quando necessário

                •             Procurar atendimento médico imediato em caso de acidente, especialmente crianças e idosos, mais vulneráveis aos efeitos do veneno



FONTE

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