Início GERAL Rejeitada pelo prefeito, vice é cortejada por partidos para 2026

Rejeitada pelo prefeito, vice é cortejada por partidos para 2026


Secom-Cuiabá

A vice-prefeita Vânia Rosa (Novo), que está em rota de colisão com o prefeito Abílio Brunini (PL)

As manobras do prefeito bolsonarista de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), para esvaziar a atuação da vice-prefeita Vânia Rosa (Novo) poderá se transformar em uma dor de cabeça política para o Paláio Alencastro: ela pode se ver em condições de disputar um novo mandato eletivo, em 2026..

Neófita em política eleitoral, Vânia, que é coronel da reserva da Polícia Militar, se tornou candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Abílio (PL) para criar conceitos politicamente corretos e que são exigidos nas disputas majoritárias – notadamente no Poder Executivo.

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Como se tem cada vez menos mulheres nas disputas, é cada vez maior a tendência de se ver mais mulheres disputando eleições. E não foi diferente em 2024, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá: apenas o deputado estadual Eduardo Botelho (União) não tinha uma candidata a vice em sua chapa. Ele escolheu o médico Marcelo Sandrin.

Então deputado federal, Abílio disputou com Vânia contra o deputado estadua lLúdio Cabral (PT), que foi para o segundo turno tendo como vice Rafaela Fávaro (PSD) – filha do ministro da Agricultura e presidente regional do PSD, Carlos Fávaro  -, hoje um dos nomes que se destacam para uma possível disputa para uma vaga na Assembleia Legislativa.

Este também deverá ser o caminho de Vânia Rosa, pois bastou o prefeito de Cuiabá abrir uma crise interna e, em alguns momentos pública, contra a sua companheira de chapa, para “chover” convites de interessados em a oficial da PM como pré-candidata. Ela pode disputar um novo cargo eletivo no mandato de vice-prefeita.

A parte da perda do mandato de vice-prefeita, para assumir um outro mandato, é o que mais agrada ao prefeito Abílio Brunini, que passaria ter como substituta imediata a atual presidente da Câmara Municipal, Paula Calil (PL),  até janeiro de 2027. O chefe do Executivodeve viajar para o exterior, em novembro, para Dubai (cidade dos Emirados Árabes Unidos) ou para o Cairo (capital do Egito), em busca de recursos de investimentos dos fundos soberanos árabes.

Interessante registrar que os convites feitos a Vânia Ros, para uma eventual candidatura em 2026, partem de aliados do próprio Abílio Brunini. Alguns tentam conter a crise e evitar maiores atritos entre as duas autoridades.

A propósito, em reação à função de vice-prefeito de Cuiabá, há uma certa “maldição”, considerado que oss indicados e eleitos, nos últimos mandatos, entraram em conflito coms os titulares do Palácio Alencastro: Emanuel Pinheiro e Niuan Ribeiro; Mauro Mendes e João Antônio Malheiros; Wilson Santos e Jacy Proença; Roberto França e Roberto Nunes…

Aliás, a coronel Vânia Rosa carrega o mesmo estigma de outros militares, que acreditam ser a gestão pública fácil, bastando apenas ordenar que cumprem. Mas, a realidade é bem outra.

Desde que agregou na campanha de Abílio, Vânia Rosa sempre teve participação ativa e fundamental. Apenas um fato de ordem pessoal preocupou: seu casamento com um coronel da Polícia Militar.

Ativa, mas sem conhecimento da administração pública, Vânia Rosa assumiu, logo no início do mandato, para a Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Inclusão, pois a primeira-dama, Samantha íris (PL), se elegeu vereadora em 2024, sendo a mais votada (graças a um empenho de Abílio considerado acima do normal pela sua candidatura em relação a outros nomes do partido ou da coligação).

Após um tempo na pasta, a vice-prefeita foi para a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), muito mais por uma contingência, já que a então titular escolhida por Abílio teve um problema de ordem pessoal e deixou a função.

Certo mesmo é que, por onde passou, Vânia Rosa deixou um rastro de problemas, que vem sendo administrado de forma interna, principalmente pelo secretário de Governo, Ananias Filho, aparando as arestas, e mesmo pelo prefeito Abílio Brunini, que demonstra uma certa indiferença, mas sabe que esses problemas se tornam nocivos à gestão.

Resta saber se a vice-prefeita terá personalidade política, já que é novata no ramo, para manter o enfrentamento e os desgastes internos na relação conflituosa com o prefeito. Conflitos, aliás, que já geraram desde um Boletim de Ocorrência (B.O.) nas polícias Militar e Judiciária Civil até um decreto de cerceamento de sua atuação.

Some-se a isso a negativa em montar uma estrutura que atenda ao Gabinete da Vice-Prefeitura, que tem um orçamento anual de R$ 3.847.364,00. Diante disso, a questão é: será que ela vai ceder aos apelos de mandatários de partidos políticos, que já lhe assediam para disputar as eleições de 2026?

Vale registrar que, como foi eleita vice-prefeita – e, portanto, tem mandato majoritário -, Vânia Rosa pode trocar de partido a qualquer momento e disputar as eleições na função de vice-prefeita, ou legalmente respondendo como prefeita, até 30 de março de 2026.

Após essa data, se ela assumir o mandato, se torna inelegível para as disputas que estarão em jogo, conforme estabelece a legislação eleitoral, que determina a desincompatibilização dos detentores de mandato eletivo majoritário, caso disputem outras função pública eleitoral.





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