Após a morte de Francisco Geraldo Fonseca da Silva, conhecido como “Gringo”, de 24 anos, em confronto com a Polícia Militar na terça-feira (23), no distrito de Conselvan, em Aripuanã (a 1.005 km de Cuiabá), um criminoso identificado como Mateus Arruda dos Santos, vulgo “Neguinho PC”, teria entrado em contato com um policial militar. “Neguinho PC” solicitou que a polícia encerrasse os ataques contra os “soldados do CV”, grupo ao qual ambos os criminosos são ligados. O áudio atribuído a Mateus foi divulgado no Programa do POP, da TV Cidade Verde, nesta quarta-feira (24).
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“[sic] Nós não quer guerra contra o Estado porque a gente não aguenta. Se fosse para matar um dos polícia, nós mostrava e matava rápido. Mas a gente não quer guerra contra o Estado pra não levar problema pros superiores que estão privados, mas para de derramar sangue dos nossos soldados dessa forma. Tá entendendo? Eu tô quieto, faz dias que voces não ouvem falar de mim. Eu to quieto na minha, mas vocês passaram dos limites. Entraram na casa do cara e mataram o cara”, disse no áudio.
“Não to ligando pra te ameaçar, só to falando pra você frear esses amigos de farda. Nessa aí vai dar ruim. Não queremos rolo. O CV é poder paralelo. Ninguém para nóis. Nós trabalhamos como? Com direitos humanos, advogados. Tanto na cadeia quanto na rua. A gente não usa força igual favela no RJ. Para de matar nossos guris assim, leva preso, pô. Entendeu. Deus abençoe ai, só desabafando mesmo”.
O caso
De acordo com a Polícia Militar, a equipe realizava rondas em uma região conhecida pelo tráfico de drogas e prostituição, quando avistou um motociclista em atitude suspeita.
Ao receber ordem de parada, o suspeito fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição, ele abandonou a motocicleta e correu para uma área de mata, seguindo em direção a uma chácara. Em determinado momento, atirou contra os policiais, que revidaram e o atingiram.
Uma equipe médica foi acionada e constatou o óbito ainda no local.
Conforme consulta ao sistema, Francisco possuía diversas passagens criminais, sendo apontado como autor de homicídios. Integrante do Comando Vermelho, ele também costumava ostentar armas e dinheiro em redes sociais.
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