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Cresce no Brasil modelo que transforma startups em parceiras de negócio das grandes empresas


Com queda de 46% nas rodadas de venture capital em 2024, companhias buscam novas formas de inovar por meio da aplicação direta de soluções desenvolvidas por startups

De acordo com o último relatório da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) em parceria com a TTR Data, as operações de venture capital no Brasil apresentaram recuperação em 2024, encerrando o ano com R$ 9 bilhões investidos, um aumento de 17% em relação a 2023. Porém, apesar do avanço no volume financeiro, o número de rodadas registrou queda expressiva de 46%, passando de 228 para 123 no período.

Tendo em vista esse cenário, que revela maior seletividade e maturidade por parte dos investidores, a Innoscience, consultoria especializada em gestão da inovação, chama a atenção para o crescimento do modelo venture client, que trata-se da abordagem estratégica em que uma grande empresa atua como cliente inicial de startup, adquirindo produtos ou serviços  durante seus estágios iniciais de desenvolvimento.  O tema, que é mais conhecido fora do Brasil, é assunto central do  livro “Simbiose Corporativa”, assinado pelos fundadores da Innoscience, e é utilizado pela companhia em seu  modelo de negócio.

Grandes empresas não precisam investir em startups para ter acesso a novas tecnologias. Ao contratá-las como parceiras estratégicas, as grandes empresas conseguem resolver problemas reais, acelerar resultados e contribuir para a evolução dos negócios inovadores. Ao mesmo tempo, há menor exposição ao risco, o que acontece quando essas companhias estão no papel de investidor”, explica Maximiliano Carlomagno (foto em destaque), sócio-fundador da Innoscience.

Na prática, o venture client permite que empresas dos mais diversos setores, mesmo os mais tradicionais, integrem soluções inovadoras sem a complexidade de um investimento formal ou das estruturas robustas exigidas por fundos de corporate venture capital. “No lado da startup, essa é uma forma efetiva de acesso a capital e clientes, assim como uma alternativa para desenvolver seus produtos em situações de alta exigência”, reforça o especialista.

Ao longo de sua trajetória, a Innoscience já atendeu mais de 400 organizações em quase 20 anos de atuação — como Ambev, Nestlé, Panvel e SLC Agrícola — a construírem programas de inovação baseados em parcerias estratégicas com o ecossistema. Com uma abordagem pragmática, a consultoria busca transformar a relação com startups em uma fonte concreta de vantagem competitiva.

“Nosso papel na Innoscience é ajudar as organizações a estruturarem esse modelo, com clareza de objetivos, governança adequada e suporte na execução para entrega real de valor. Num cenário em que o investimento está mais escasso, o que vai diferenciar as empresas inovadoras será a capacidade de fazer as conexões certas e extrair valor dessas parcerias”, conclui Carlomagno.



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