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“Tem gente que passa 4 anos passeando”, diz Leitão ao comemorar que vagas de deputado não aumentaram



Mesmo como pré-candidato a deputado federal em 2026, o ex-parlamentar Nilson Leitão (PSDB) comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve Mato Grosso com oito cadeiras na Câmara Federal, sem o aumento de vagas previsto pela redistribuição populacional. Para ele, a força política de um estado não está no número de representantes, mas na capacidade e na atuação de quem ocupa os cargos.

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“Eu fico muito feliz. O meu pensamento é objetivo e não é apenas da boca pra fora. Eu apresentei uma PEC em 2017 para reduzir a quantidade de parlamentares no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas. Eu acredito que a qualidade do político precisa valer mais do que a quantidade”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.

Leitão foi deputado federal por dois mandatos, entre 2011 e 2019, e se destacou nacionalmente ao presidir a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e liderar a oposição na Câmara dos Deputados durante o governo Dilma Rousseff (PT), feitos que nenhum parlamentar mato-grossense repetiu desde então. Ele lembrou que nem sempre o tamanho das bancadas garante protagonismo político.

“Olha, o presidente da Câmara é da Paraíba, tem 12 deputados. Então não é isso. São Paulo tem 70 e não é presidente da Câmara. O presidente do Senado, que são três pra cada um, não é pela força, é pela competência dele. Ele é do Amapá, ele não é do Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas Gerais, não é dos grandes centros. Ele é do estado periférico. Então é pela capacidade”, provocou.

O tucano também aproveitou para relembrar sua trajetória no Congresso, destacando que foi o único mato-grossense a liderar tanto um partido nacional quanto a maior frente parlamentar do Legislativo.

“Eu fui líder da oposição. Fui presidente da maior bancada do Congresso, a Frente Parlamentar da Agropecuária. Fui líder de um partido que tinha 54 deputados, com ex-governadores e prefeitos importantes. E eu não era ninguém na fila do pão, era questão de dedicação. Enquanto a média era de três ou quatro comissões, eu participava de 19. Eu queria debater o Brasil”, afirmou.

Para Leitão, a política de Mato Grosso precisa resgatar protagonismo nacional, hoje mais visível no Senado, onde nomes como Wellington Fagundes (PL), Carlos Fávaro (PSD) e Blairo Maggi (PP) chegaram a ocupar papéis de liderança e ministérios.

“Eu acredito que a qualidade do político precisa valer mais do que a quantidade do político. […] Mas o que é a proposta? O que esse parlamentar vai oferecer? Porque tem gente que passa 4 anos lá passeando”, concluiu.



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