Folhapress
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) visita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, ao lado de Flávio e Jair Renan
O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar possível prática de violência política de gênero cometida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em março deste ano, ele fez comentários misóginos contra mulheres petistas durante conversa com apoiadores em Angra dos Reis (RJ), durante o feriado de Carnaval.
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O ex-presidente aparece em um vídeo publicado por seu filho, Jair Renan (PL), afirmando que “não tem mulher bonita petista, só feia” e que “às vezes acontece quando estou no aeroporto, alguém me xinga. Mulher, né? Olho pra ela e penso: ‘Nossa, mãe. Incomível’”.
A investigação foi aberta pela Procuradoria da República no Distrito Federal, após representação apresentada pelo CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), dias depois do episódio.
A Representação foi uma iniciativa da Comissão de Gênero, coordenada pela conselheira Maria das Neves e pela Comissão de Litigância Estratégica, coordenada pelo conselheiro Carlos Nicodemos.
De acordo com o documento, as declarações reforçam estereótipos de gênero e discriminam mulheres por suas posições políticas, configurando violência simbólica e política.
“A violência política de gênero é uma das formas mais perversas de silenciamento das mulheres na vida pública”, afirmou a presidente da instituição, Charlene Borges.
O CNDH pede que o MP reconheça a violação aos direitos coletivos das mulheres e adote medidas para coibir o incentivo à violência de gênero no espaço político e social.
O despacho que determinou a abertura do inquérito foi assinado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.





