Os desembargadores do Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, escolheram a lista tríplice que será encaminhada ao chefe do Poder Executivo que, segundo as Constituições Federal e de Mato Grosso, tem a prerrogativa em definir entre os três nomes o futuro membro da mais alta Corte de Justiça na esfera estadual.
A advogada Juliana Zafino Isidoro Ferreira Mendes foi a mais votada com 29 votos, seguida de perto por Ricardo Gomes Almeida com 28 votos – apontado como o favorito do Palácio Paiaguás – e Dauto Barbosa Castro Passare com 23 votos fechando a Lista Tríplice.
Os demais advogados votados foram, Sebastião Monteiro da Costa Júnior com 17 votos, Jamille Clara Alves Adamczyk com 04 votos, lembrando que ela foi a mais votada na lista da OAB/MT e Michelle Regina de Paula Zangarini Dorileo obteve simplório 1 voto.
Do total de 39 desembargadores, menos a vaga a ser preenchida, além dos dois desembargadores afastados pelo CNJ por suspeita de venda de sentença, foi notada a ausência de duas desembargadoras, Antônia Siqueira e e Helena Maria Bezerra e mesmo tendo 12 mulheres no Pleno do TJMT, o que representaria na prática, 36 votos, já que cada desembargador votou em três nomes, nenhuma das três advogadas da Lista Sêxtupla da OAB obteve essa votação, pelo contrário, a desembargadora Maria Helena Póvoas, ex-presidente da OAB/MT e indicada pelo quinto constitucional da instituição enalteceu a lista sêxtupla com três mulheres e três homens, mas votou em uma mulher e em dois homens.
A paridade de gênero no TJMT, existe muito mais no discurso do que na prática, ou seja, as desembargadoras jogaram para a plateia.
Mas este não foi o único desconforto presenciado na sessão que foi híbrida, ou seja, parte dos desembargadores estava presente na sessão e parte votou de forma online, ou seja, menos informal, para não ter que justificar caso houvesse cobranças.
A vaga a ser preenchida é do quinto constitucional da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso ( OAB/MT) e foi ocupada por Luiz Ferreira Silva que se aposentou, também como estipula a Carta Magna, por completar 75 anos, idade limite para estar em função pública.
Assim como a OAB/MT sob o comando da presidente Gisela Cardoso que fez ouvidos moucos ao possível envolvimento de advogados na Operação Sisamnes, que apura a venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), tanto que existem dois desembargadores afastados, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Corte Judiciária Estadual, não fez apenas ouvidos moucos, mas calou-se diante do pedido do Observatório Social e se fez completamente de cega ao tentar transparecer uma unidade, tanto que alguns desembargadores preferiram seguir o voto do presidente José Zuquim e manifestar que estavam seguindo sua orientação, pois o clima dentro da instituição é de disputa interna e de rescaldo de crises.
Agora a decisão é do governador Mauro Mendes que ainda nesta semana deverá receber a lista tríplice para decidir qual será a escolhida, que foi a mais votada ou o mais próximo dos poder, como se viu nas últimas indicações do chefe do Executivo que quando o discurso convém indica o mais votado e quando não convém declara que se fosse obrigado a escolher o mais votado, não precisaria de sua opinião, apenas da decisão da maioria.
Aliás, maioria passa longe da atual indicação, pois nem os mais de 35 mil advogados de Mato Grosso, puderam votar na Lista Sêxtupla da OAB/MT, intitulada a Casa da Democracia e nem todos os desembargadores votaram, então pode-se dizer que a escolhe é de parcela da maioria e não da totalidade.





