Início GERAL TJ valida sentença que condenou advogado e ex-servidor por desvio de R$...

TJ valida sentença que condenou advogado e ex-servidor por desvio de R$ 9 milhões da ALMT



O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a sentença que condenou o ex-servidor da Assembleia Legislativa Francisvaldo Mendes Pacheco e o advogado Júlio César Rodrigues pelo crime de lavagem de dinheiro. Em julgamento realizado na última quarta-feira (12), os magistrados da Terceira Câmara Criminal seguiram o voto da relatora, Juanita Clait Duarte e, por unanimidade, rejeitaram embargos de declaração ajuizado pela dupla.

Leia mais: Cristiano Zanin nega participação de atleta trans em competição feminina em MT

Sentença de primeiro grau, proferida em outubro de 2024 pelo juiz João Filho de Almeida Portela, havia condenado Francisvaldo por peculato e Júlio César por extorsão, mas declarou extinta a punibilidade de ambos devido à prescrição. Eles recorreram ao Tribunal, que em setembro, readequou as penas, aplicando 9 anos para Francisvaldo e 1 ano para Júlio.

Inconformados, apelaram alegando nulidades e omissões no julgamento. Os embargantes argumentaram a existência de omissões e contradições no acórdão que manteve suas condenações, levantando diversas teses defensivas, como ineficácia da ameaça, ausência de atos autônomos de ocultação e afastamento da atenuante da confissão.

As razões de decidir da Corte, porém, rejeitaram os pedidos afirmando que o acórdão original analisou de forma clara e fundamentada todas as teses levantadas, não havendo omissão ou contradição a ser sanada. A tese firmada reafirma que embargos de declaração não se prestam à rediscussão do mérito quando as teses defensivas foram devidamente enfrentadas.

A denúncia, oferecida em 2016 no âmbito da Operação Ventríloquo, apontava que entre 2013 e 2014 os acusados, junto a outros investigados, teriam desviado cerca de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa, em 2014, por meio de pagamento de uma dívida de um seguro contraído com o banco HSBC, atual Bradesco, que foi quitado a Joaquim Mielli, então advogado do banco.

Consta na denúncia que no período entre fevereiro e abril de 2014, houve o desvio dos cofres da AL de cerca de R$ 9.480.547,69 milhões, “valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros”.

No mesmo período os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares.
 

 



FONTE

Google search engine