O ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, afirmou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente estava funcionando momentos depois em que ele foi preso preventivamente, na manhã deste sábado (22/11).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), baseou a decisão de decretar a prisão preventiva na violação do equipamento, usado por Bolsonaro enquanto cumpria prisão domiciliar.
Em publicação feita no X (antigo Twitter), Wajngarten questionou “como algo que foi rompido e violado estaria funcionando normalmente nove horas depois”. Ele também afirmou que nenhum dos filhos do ex-presidente estava na casa no momento da prisão.
“O presidente jantou, tomou uma sopa ontem com quatro irmãos, cunhados, tomou remédios para soluços, ficou sonolento e deitou por volta das 22h. Nenhum filho estava na casa”, escreveu.
Veja na íntegra:
A tal tornozeleira nesse momento está funcionando.
Como algo que foi rompido, violado estaria funcionando normalmente 9 horas depois?
O Presidente jantou/ tomou uma sopa ontem com 4 irmãos, cunhados tomou remédios para soluços, ficou sonolento e deitou-se por volta das 22:00.…— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) November 22, 2025
Em outra publicação, Wajngarten classificou a prisão preventiva como “inacreditável” e “vergonhosa”. “É INACREDITÁVEL. Num sábado. Com o estado de saúde totalmente comprometido. VERGONHOSO. 26 é logo ali”, disse.
Informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal enviadas ao STF apontam que houve violação da tornozeleira às 0h08 deste sábado (22/11). O equipamento não chegou a ser rompido, mas, segundo o documento, houve intenção.
“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz o relatório.
A manifestação mencionada por Moraes foi a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. O ato também levou a Polícia Federal a pedir a prisão preventiva de Bolsonaro, alegando risco à ordem pública.
Condenado a 27 anos e 3 meses pela tentativa de golpe de Estado após a derrota na eleição de 2022, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.












