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Acusado de tentativa de homicídio e desacato, médico também foi alvo da polícia por ameaçar a ex-mulher em Cuiabá; vítima pediu medida protetiva



O médico psiquiatra Lucas Eduardo França da Rocha Medrado Tavares, que já foi preso duas vezes neste ano, uma por agredir um homem com um canivete e outra por desacato à polícia, também já se envolveu em uma confusão com sua ex-mulher. O caso ocorreu em março de 2024, quando ele, então com 35 anos, invadiu a residência da vítima em estado de embriaguez, danificou a porta e a ameaçou.

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Segundo o boletim de ocorrência, a vítima, então com 31 anos, relatou que o ex-marido foi até a casa dos avós dela, onde residia à época, por volta das 4h da madrugada, enquanto estava dormindo, pedindo que ela abrisse a porta. 

A vítima levantou e abriu a porta achando que algo havia acontecido, pois era madrugada. Ao abrir, percebeu que o agressor estava alcoolizado. Ele tentou abrir a porta pelo lado de fora e chegou a entortar a maçaneta.

Assim que entrou na casa, ele a segurou pelos braços e disse: “amais pisaria nessa merda de casa”. Ele pegou sua mala e uma bolsa, colocou no carro dele e continuou com os xingamentos referentes à casa.

Após sair, o agressor retornou cerca de 10 minutos depois até a janela do quarto, solicitando novamente que a vítima abrisse a porta.

Com medo e tremendo, a vítima disse que recusou-se a abrir a porta e perguntou o que ele queria.”Uma caixa, uma caixa. Abre aqui logo!”, insistiu o agressor.

Ela questionou se era a caixa de remédios que ele havia ido buscar e o homem confirmou com um sorriso. A vítima, então, pegou a caixa de remédios e entregou ele pela janela.

O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM). Na ocasião, a vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra o acusado e solicitar medidas protetivas. Este caso foi registrado como ameaça consumada, com a motivação de violência doméstica.

Histórico de confusão

Conforme os documentos obtidos pela reportagem, era noite de domingo, 15 de junho, quando policiais militares foram acionados por populares para atenderem uma ocorrência no Posto Pump, onde Lucas foi encontrado em visível estado de embriaguez após iniciar uma confusão no local ao portar um canivete.

Durante a abordagem, ele manifestou agressividade e insultou os agentes: “eu sou médico psiquiatra; vocês não são nada; são uns bostas; todos covardes; vou ligar para um coronel e acabar com a carreira de vocês”, nos termos do boletim de ocorrência registrado pelos policiais que atenderem o caso.

A mãe do médico teve que ir até o local para tentar apaziguar a situação e fazer com que o filho voltasse para casa – o que não foi acatado por ele. Após novas tentativas de diálogo e acusações insultos, o suspeito resistiu fisicamente à prisão, e partiu para cima dos oficiais com uso de força e empurrões, necessitando de contenção tática.

Ele foi algemado e conduzido ao Cisc Verdão para registro, onde passou a bater com a própria cabeça na parede, sendo necessário mais uma intervenção. Diante disso, foi processado no Juizado Especial Criminal de Cuiabá por desacato.

Já na noite da sexta passada (21), Tavares foi preso mais uma vez, novamente portando um canivete, o qual usou para golpear um desafeto numa distribuidora no bairro Lixeira, capital. A polícia foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou a vítima com um corte profundo no braço esquerdo e uma perfuração na região das costas.

Testemunhas relataram que o médico estava na distribuidora quando a vítima chegou ao local e começou a perturbá-lo. À reportagem, ele afirmou que agiu em legítima defesa por ter sido agredido com um soco no abdômen antes de revidar e atacar a vítima. A confusão teria sido motivada por uma invasão de privacidade por parte do suspeito, que teria pegado o cigarro do médico e dito que era seu.

Tavares, então, pegou um canivete, o qual ele afirma que havia ganhado horas antes, e utilizou a arma para tentar afastar o homem, sem intenção de matá-lo. Por isso, ele foi autuado por tentativa de homicídio. Passou por audiência de custódia e, por decisão da juíza Mônica Perri, foi colocado em liberdade provisória.



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