O dólar à vista fechou em leve alta ante real nesta segunda-feira (15) após oscilar abaixo de R$ 5,40 durante a manhã, com profissionais do mercado citando o tradicional fluxo de saída de recursos do país no fim de ano para justificar o movimento.
Os investidores no Brasil digerem dados de atividade econômica divulgados pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve queda de 0,20% em outubro sobre setembro. Os números ficaram abaixo do esperado pelo mercado. A pesquisa Reuters projetava alta de 0,10%.
A recuperação do dólar no Brasil esteve na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana cedeu ante a maior parte das divisas durante o dia.
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O dólar à vista fechou com leve alta de 0,16%, aos R$5,4215. No ano, a moeda acumula baixa de 12,26%.
Às 17h12, o contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,16% na B3, aos R$5,4380.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,422
- Venda: R$ 5,423
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,451
- Venda: R$ 5,631
O dia começou com o dólar em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda ante outras divisas no exterior, enquanto investidores também ponderavam dados de atividade divulgados pelo Banco Central.
O BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) cedeu 0,2% em outubro ante setembro, na série com ajustes sazonais. O resultado do indicador, considerado um sinalizador para o Produto Interno Bruto (PIB) foi pior que a projeção mediana dos economistas ouvidos pela Reuters, de alta de 0,10%.
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Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,4%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 2,5%, conforme a série sem ajustes sazonais.
O IBC-Br é mais um dos indicadores recentes que corroboram a percepção de que a economia brasileira está em desaceleração, um fator que vem sendo destacado por agentes que projetam corte da taxa básica Selic já na reunião de janeiro do BC.
Atualmente a Selic está em 15% ao ano, enquanto nos EUA a taxa de referência do Federal Reserve está na faixa de 3,50% a 3,75%.
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Este diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos vem sendo apontado como um dos fatores para atração de investimentos ao país, segurando as cotações do dólar em patamares mais baixos.
Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de R$5,3815 (-0,58%) às 10h03, em sintonia com o recuo visto também no exterior.
A partir daí, no entanto, a moeda norte-americana passou a ganhar força, com alguns agentes aproveitando as cotações mais baixas para comprar divisas. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que o movimento esteve relacionado aos tradicionais envios de recursos ao exterior no fim de ano, por empresas e fundos.
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Às 15h29, o dólar à vista marcou a máxima de R$5,4265 (+0,25%).
No exterior, um dos destaques era a queda firme do dólar ante o iene, com os agentes precificando uma elevação iminente de juros no Japão. O dólar também sustentou perdas ante uma cesta de moedas fortes durante a maior parte da sessão.
Às 17h11, O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,11%, a 98,304.
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Uma série de dados econômicos dos EUA, atrasados pela paralisação do governo, serão divulgados nesta semana, proporcionando aos investidores uma visão há muito esperada da maior economia do mundo. O relatório de empregos (payroll) de novembro será divulgado na terça-feira, e os números da inflação, na quinta-feira.
Na semana passada, o Fed cortou as taxas de juros, mas o presidente Jerome Powell sinalizou que é improvável que os juros caía ainda mais no curto prazo, enquanto os formuladores de políticas aguardam maior clareza econômica.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que estava inclinado a nomear o ex-governador do Fed, Kevin Warsh, ou o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, para liderar o banco central no ano que vem.
(Com Reuters)





