Quem investe em criptomoedas sabe que a volatilidade é normal nesses ativos. Positivas ou negativas, as fortes oscilações são normais até mesmo na cotação da primeira e maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin (BTC).
Em 2025, a cripto caminha para um resultado negativo – até 18 de dezembro, a queda no ano era de aproximadamente 6,30%. O ativo bateu valor recorde em outubro ao alcançar os US$ 126 mil, mas sofreu duas das maiores quedas diárias no ano depois e agora opera na região dos US$ 85 mil.
Relembre as maiores quedas diárias do Bitcoin em 2025 – o levantamento é de Rony Szuster, head de research doMercado Bitcoin:
Continua depois da publicidade
3 de março – 8,60%
No início do ano, o BTC passou por um rali associado a uma postagem do presidente americano Donald Trump, que reiterou seu apoio à criação de uma reserva estratégia de ativos digitais nos Estados Unidos. No entanto, a criptomoeda perdeu força no dia seguinte com investidores realizando lucros.
9 de março – 6,32%
A reserva estratégia de Bitcoin ainda renderia mais uma queda importante na cotação da criptomoeda em março. Quase uma semana depois da queda de 8,60%, uma nova correção foi impulsionada pela falta de anúncios sobre a reserva após uma reunião de Trump com executivos do mercado de ativos digitais.
6 de abril – 6,22%
No início de abril, Donald Trump também era personagem central na precificação do Bitcoin. A criptomoeda sofreu correção com incertezas deflagradas pela política tarifária do republicano. Alguns dias antes, os EUA viviam o “Dia da Libertação”, quando o presidente americano anunciou tarifas de até 49% sobre importações de diversos países.
10 de outubro – 7,10%
Em outubro, a guerra comercial ainda era motivo de apreensão para os investidores. O Bitcoin sofreu sua segunda maior queda diária em 2025 depois que Trump anunciou aumento das tarifas sobre exportações chinesas para os EUA para 100%.
20 de novembro – 5,46%
Nessa data, a maior criptomoeda do mundo caiu após um payroll que deixou dúvidas sobre a possibilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve (o banco central dos EUA) na reunião de dezembro.
Os destaques negativos do ano
Apesar das quedas, o Bitcoin não teve um ano tão ruim quanto outras duas criptomoedas: Worldcoin e Cardano. Elas têm em comum o péssimo desempenho em 2025, mas os motivos são divergentes, diz Szuster.
Continua depois da publicidade
A Worldcoin acumulou correção de 76,6% no ano até 15 de dezembro. O ativo foi pressionado por um “cronograma agressivo de desbloqueios, que aumentou fortemente a oferta, somado a entraves regulatórios ligados à coleta de dados biométricos e à queda do interesse especulativo”, explica o especialista do Mercado Bitcoin.
Já a Cardano caiu 53,8% no mesmo período, perdendo tração frente a outros ativos de primeira prateleira no mercado, “com baixo crescimento em DeFi (finanças descentralizadas) e stablecoins, TVL (sigla para Valor Total Bloqueado, em inglês) estagnado e pouca geração de valor on-chain, levando o mercado a penalizar sua execução lenta”, diz Rony Szuster.





