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Facção planejava incendiar borracharia para demonstrar poder após execução em cidade de MT



Palco de uma execução brutal no começo deste mês, a borracharia onde Fabiano Geraldo Santana foi morto com um tiro na cabeça seria incendiada por membros do Comando Vermelho, que foram presos na madrugada de segunda-feira (22), em flagrante, enquanto tentavam arrombar o estabelecimento para incendiá-lo.

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Segundo já informado pela reportagem do Olhar Direto, os suspeitos, com idades de 25, 33 e 41 anos, foram flagrados em posse de um galão de combustível, um isqueiro e um pedaço de madeira. O trio estava em uma caminhonete e, durante patrulhamento, uma equipe da Força Tática flagrou a ação e realizou a prisão dos envolvidos.

Em depoimento, um dos criminosos afirmou que o incêndio ocorreria como forma de demonstrar a força da facção no município. A vítima dos faccionados, Fabiano Geraldo, foi executada por estar, teoricamente, comercializando entorpecentes de forma irregular.

O incêndio seria o primeiro em Mato Grosso, após muito tempo, que teria como motivação a demonstração de poder do crime organizado.

Em janeiro deste ano, no município de Paranatinga, uma loja de utilidades e uma loja de calçados foram completamente consumidas por um incêndio de grandes proporções. Em março deste ano, a Operação Fogo Cruzado desvendou a motivação do incêndio e prendeu o mandante envolvido no crime, um dos líderes do Comando Vermelho.

As investigações da Polícia Civil identificaram que o incêndio foi uma represália ordenada por uma facção. Dias antes do ataque, um casal, integrante do grupo criminoso, ameaçou o dono da loja para que pagasse valores aos criminosos. As informações reunidas pela Polícia Civil indicaram também que diversos comerciantes da região central de Paranatinga sofreriam represálias caso não cumprissem as “ordens” da facção criminosa.

O incêndio criminoso determinado pela facção atingiu também uma loja de calçados e causou perda total em ambos os estabelecimentos. Três dias após os fatos, sete pessoas já haviam sido presas por envolvimento nos crimes.

Tamanho foi o impacto desse incêndio que, à época da investigação e prisão dos envolvidos, foi inaugurado o disque extorsão, um canal de voz próprio para comerciantes denunciarem o assédio das facções criminosas.

Com o disque extorsão em ação, diversas denúncias foram feitas e, como resultado, algumas operações foram deflagradas e desmantelaram vários esquemas nos quais o Comando Vermelho lucrava de forma contínua com o medo imposto aos comerciantes.



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