O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral na manhã desta quinta-feira 25, dia de Natal, no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento estava previsto para começar às 9h, sob anestesia geral, com duração estimada de até quatro horas, segundo informações da equipe médica.
Bolsonaro foi internado na quarta-feira 24 para a realização de exames clínicos e preparo pré-operatório. De acordo com o hospital, ele passou por avaliações cardiológicas e de risco cirúrgico e foi considerado apto para a intervenção. A expectativa é de que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias, período destinado à recuperação, controle da dor, fisioterapia e prevenção de complicações, como eventos trombóticos.
A cirurgia foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia médica da Polícia Federal atestar a necessidade do procedimento, classificado como eletivo, e não emergencial. A autorização judicial não altera o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão imposta ao ex-presidente por condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado.
Esta é mais uma das cirurgias realizadas por Bolsonaro desde 2018, quando foi vítima de uma facada durante a campanha eleitoral. Segundo os médicos, a hérnia inguinal bilateral ocorre quando parte do intestino se projeta por áreas enfraquecidas da parede abdominal, na região da virilha, e o procedimento visa reposicionar esse conteúdo e reforçar a musculatura local.
Além da cirurgia, a equipe médica avalia, ao longo da internação, a possibilidade de realizar um bloqueio anestésico do nervo frênico, indicado em alguns casos para conter crises de soluços persistentes relatadas pelo ex-presidente nos últimos meses. A decisão dependerá da evolução clínica no pós-operatório.
Por determinação judicial, Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal de Brasília sob escolta, em deslocamento discreto até o hospital. Durante toda a internação, ele permanecerá em área isolada, com vigilância 24 horas por dia da Polícia Federal. O protocolo de segurança prevê a presença permanente de agentes na porta do quarto, controle rigoroso de acessos e proibição do uso de celulares, computadores ou outros dispositivos eletrônicos, exceto equipamentos médicos.
O ministro Alexandre de Moraes autorizou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) a acompanhar o ex-presidente durante a internação. As visitas de familiares estão condicionadas a autorização judicial e ao cumprimento das normas hospitalares.





