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Prêmios em Gramado, posicionamentos políticos, vilã em “Vale Tudo’ e passagens por Cuiabá: relembre o ano de Bella Campos



A cuiabana Bella Campos viveu um ano de projeção intensa no cinema, na televisão e nas redes sociais em 2025, consolidando seu nome entre os principais destaques da nova geração de artistas brasileiros. Entre conquistas em festivais, atuação em uma das novelas mais aguardadas da Globo, posicionamentos públicos e marcos pessoais, a atriz manteve forte ligação com Cuiabá e com o cinema produzido em Mato Grosso.

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Um dos momentos centrais do ano foi o reconhecimento do filme Cinco Tipos de Medo no 53º Festival de Cinema de Gramado. Gravado em Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio do Leverger, o longa, dirigido pelo cineasta cuiabano Bruno Bini, entrou para a história como o primeiro filme mato-grossense selecionado para disputar o Kikito na Mostra de Longas-Metragens Brasileiros.

A produção acabou se tornando a maior vencedora da edição, conquistando quatro Kikitos: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem para Bini, além do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Xamã.

Estrelado por Bella Campos, o filme acompanha a história de cinco personagens cujas vidas se cruzam após a prisão de Sapinho, um traficante local inspirado em um fato real ocorrido em 2007, no bairro Jardim Novo Colorado. Na trama, Bella interpreta Marlene, enfermeira envolvida em um relacionamento abusivo com Sapinho, vivido por Xamã, e que estabelece uma relação com Murilo, personagem de João Vitor Silva.

O elenco conta ainda com Bárbara Colen e Rui Ricardo Diaz. A produção reuniu mais de 180 profissionais de nove estados, com coprodução da Plano B Filmes e Druzina Content, distribuição da Downtown Filmes e apoio do Fundo Setorial do Audiovisual, reforçando o protagonismo do Centro-Oeste no cinema nacional.

Durante o festival, Bella também chamou atenção no tapete vermelho ao usar um vestido da grife Fendi avaliado em R$ 40 mil, enquanto divulgava o longa na Serra Gaúcha. Em entrevistas e bastidores, a atriz celebrou o retorno às origens durante as filmagens, destacando o caráter afetivo do projeto e afirmando que o trabalho representou uma reconexão com seu sotaque e com sua identidade.

Paralelamente ao sucesso no cinema, Bella esteve no ar como Maria de Fátima, vilã do remake de Vale Tudo, uma das apostas da TV Globo. A personagem acabou extrapolando a ficção e foi usada pela atriz como referência em um posicionamento político que ganhou repercussão nacional.

Nas redes sociais, Bella compartilhou uma publicação que comparava a carga tributária paga por personagens da novela, defendendo a taxação das grandes fortunas no Brasil. Ao repostar um conteúdo da atriz Debora Bloch, ela afirmou que “só na ficção vale tudo” e completou dizendo que, para vencer na vida, “vale a pena ter conhecimento e consciência de classe”.

O debate foi ampliado com um vídeo do diretor Walter Salles, exibido no mesmo carrossel de imagens, no qual ele defende a tributação progressiva do Imposto de Renda e a taxação das grandes fortunas durante a cerimônia do prêmio Faz Diferença 2024. Reconhecido como um dos cineastas mais ricos do mundo, Salles declarou apoio a um sistema tributário mais justo, discurso que foi endossado pela atriz.

A atriz também marcou presença nas manifestações contra o feminicídio que ocorreram em diversas cidades do Brasil neste mês. O ato reuniu celebridades e cidadãos em protesto contra os casos recentes de assassinatos de mulheres, que evidenciam o aumento da violência de gênero no país.

O ano também foi marcado por momentos pessoais compartilhados com o público. Em uma pausa nas gravações de Vale Tudo, Bella voltou a Cuiabá para passar alguns dias na casa da avó. Nas redes sociais, contou que estava “meio offline” para aproveitar o tempo com a família e a gastronomia regional, mostrando o preparo de pratos tradicionais, como bolo de arroz, e reforçando o vínculo com suas raízes.

Outro marco importante foi a conquista do primeiro apartamento próprio, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em um vídeo no TikTok, Bella comentou críticas à decoração minimalista do imóvel e falou sobre o significado da compra. Ela relembrou o início da carreira, quando dependia de flats pagos pela Globo durante as gravações de Pantanal e Vai na Fé, e disse que, por muito tempo, não sabia se conseguiria se manter no Rio de Janeiro.

A aquisição do apartamento, segundo ela, representa um dos momentos mais felizes de sua vida e um símbolo de estabilidade após anos de incerteza profissional.

Bella também usou as redes para falar sobre o encerramento das gravações da novela e o impacto da rotina intensa de trabalho, destacando o desejo de descanso após meses de jornadas longas, de segunda a sábado.

O ano ainda foi atravessado por um momento de luto. Bella Campos prestou uma homenagem emocionada à cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos, vítima de câncer colorretal.

Em um story publicado no Instagram, a atriz compartilhou uma foto ao lado da artista e escreveu uma mensagem de carinho, gratidão e saudade, lembrando os encontros e a importância de Preta como referência na luta contra o racismo, o machismo e a gordofobia.

A retrospectiva do ano da cuiabana Bella Campos também ganhou um novo capítulo fora do Brasil. Após o fim das gravações do remake de Vale Tudo, exibido no horário nobre da TV Globo, a atriz embarcou para um período de descanso em Nairóbi, capital do Quênia.

Por lá, Bella compartilhou nas redes sociais um dos momentos mais marcantes da viagem: a visita ao Giraffe Center, santuário dedicado à preservação de girafas e um dos pontos turísticos mais conhecidos da região.



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