Início NACIONAL brasileiros e nativos falam sobre a vida em meio à guerra

brasileiros e nativos falam sobre a vida em meio à guerra


Mateus estava hospedado a 3 km de distância de uma das áreas que foram bombardeadas. “Nunca achei que teria uma guerra. Até agora eu não acredito. Eu estou chocado”, declarou. O brasileiro estava a trabalho em Teerã há mais de um mês.

Com o espaço aéreo fechado, única opção para sair do Irã é por via terrestre. A princípio seu plano era seguir com seus colegas iranianos para o norte do país, na cidade de Qaem Shahr, em Mazandaran. Porém, um de seus amigos, Hebraim, o convenceu a deixar o país e o ajudou a conseguir um táxi até a fronteira com a Turquia.

O recado do amigo foi claro: “Sua família não está aqui, você precisa ir embora. Por mais que você ame o país, vá para sua terra”, alertou.

Fuga levou 15 horas e passou por Tabriz, uma das cidades atacadas por Israel. Segundo Mateus, ele saiu de Teerã às 13h, com meio tanque de combustível. Nesse momento, o trânsito estava lento, pois muitos iranianos percorriam o mesmo trajeto para cruzar a fronteira. Foram 600 km percorridos.

Cota de combustível. Outro desafio foi a cota de combustível estabelecida pelo governo, pois a falta de gasolina era uma de suas preocupações do brasileiro. “O governo já tinha falado que cada pessoa só pode abastecer 20 litros”, informou.

Súplica a frentista para abastecer mais que a cota permitida. “Tive que dar um dinheirinho para ele. Pedi por favor, explicando que eu precisava ir embora pra minha casa. Tenho três filhos. Comecei a chorar, e implorar”, contou. Depois disso, ele conseguiu abastecer o veículo e seguiu o caminho até a fronteira.





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