Ainda de acordo com a mulher, os militares estavam de prontidão para o caso de precisarem se recolher para um abrigo subterrâneo durante o ataque. “Fomos avisados que, se algo acontecesse, iríamos para o subsolo”, relata.
No momento do ataque, por volta de 20h no horário local, ela conta que foi possível ver e escutar muitos mísseis. “Eram muitos”, diz.
O casal vive na base aérea Al Udeid, a maior dos EUA no país do Oriente Médio, nos arredores da capital, Doha, desde o ano passado. A base hospeda as forças aéreas dos EUA (USAF), do Reino Unido (RAF) e do próprio Catar.
Números de 2017 estimavam que cerca de 11 mil pessoas, entre militares e familiares, dos Estados Unidos e de outros países da coalizão, viviam na mesma base. Em uma declaração que se seguiu ao ataque, Teerã afirmou que usou o mesmo número de bombas lançadas pelos EUA contra instalações nucleares iranianas — seis.
No ataque, aeronaves furtivas B2 da força aérea dos EUA lançaram bombas GBU-57 de 14 toneladas, capazes de penetrar terreno e atingir principalmente a planta de Fordo, considerada a mais bem guardada base nuclear do Irã. Os EUA são o único país em poder de bombas GBU-57.
O Irã também atacou uma base militar dos EUA no Iraque. Segundo informações de agências de notícias, não houve feridos ou mortos em nenhum dos ataques, que foram interceptados pelas defesas locais.