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Projeto no Moinho não pode ser feito às custas de sofrimento, diz Lula


Local virou alvo de disputa entre o Planalto e o governo Tarcísio. Em maio, a Polícia Militar deflagrou uma operação para retirada dos moradores da favela, marcada por cenas de truculência dos agentes de segurança. A ação foi festejada por Tarcísio e pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que atribuíram a ela o esvaziamento no fluxo da “cracolândia”.

O presidente afirmou que terreno da União será cedido após conclusão do acordo. “Vamos fazer a cessão definitiva ao governo do estado, mas isso depois de provar que vocês foram tratados com decência e que respeitaram a dignidade de cada um de vocês”, disse Lula. Vídeos de repressão policial circularam pelas redes sociais e aumentaram a temperatura dos debates sobre o tema. O acordo com o governo paulista foi paralisado pela gestão petista após os casos de violência da PM.

Mais cedo, Tarcísio disse que sua gestão já havia começado projeto na favela do Moinho antes da chegada da União. “Hoje, 386 famílias já foram removidas. Quando o acordo com o governo federal foi fechado, 186 já haviam sido retiradas”. “Nosso objetivo, sinceramente, não é fazer evento, o nosso objetivo é trazer emprego, é resolver o problema”, afirmou o governador.

É importante que as pessoas que querem visitar esse parque, brincar nesse parque e passar domingo nesse parque não venham pisotear sangue de pobres que aqui foram agredidos para que eles fizessem [o parque]. Vamos fazer com decência e com muita dignidade.
Lula

A minha preocupação é que se a gente fizer a cessão e eles tiverem que ocupar isso aqui amanhã, eles vão usar outra vez a polícia e vão tentar enxotar vocês.

Acordo para moradia

Os governos federal e estadual fecharam acordo para realocação das famílias. A União vai entrar com subsídio de R$ 180 mil, e o estado de São Paulo, com R$ 70 mil. Os moradores também receberão um auxílio aluguel de R$ 1.200 mensais durante o período de transição.





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