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Abilio defende Pivetta e diz que quem denuncia irregularidades não pode ser criticado: ‘se achar algo errado, tem que denunciar’



O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), saiu em defesa do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) durante participação conjunta em um painel na Expoagro, na noite desta segunda-feira (14). A manifestação ocorre em meio à repercussão sobre a denúncia feita por Pivetta à Controladoria-Geral do Estado (CGE) a respeito de uma suspeita de superfaturamento em licitações da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).

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A fala do prefeito foi feita quando ele relatava as medidas de enfrentamento adotadas em sua gestão, como o combate à poluição sonora e a restrição de acesso de crianças a certos eventos.

Sem citar nomes, Abílio se referiu a um jornalista como “pseudo-jornalista” que, segundo ele, teria sido senador e estaria atacando Pivetta após o vice-governador denunciar irregularidades no governo.

“Um pseudo-jornalista que já foi senador, deputado e não sei o quê, falando que o projeto político do vice-governador morreu porque ele denunciou um trem errado no governo? Se achar o trem errado, tem que denunciar mesmo. ‘Ah, mas é dos deputados’. Tô nem aí! A culpa é dos deputados em fazer o trem errado, não de quem denunciou”, disse.

“Aqui no município, nenhum instituto fantasma vai receber recurso. Nenhuma empresa laranja, que só serve para desviar dinheiro público, será beneficiada. Se tiver que enfrentar a classe política, faremos. O dinheiro público tem que ser respeitado”, continuou. 

A notícia sobre supostas irregularidades na Seaf, repassada por Pivetta à CGE, deu origem a auditorias e notas técnicas internas. Esses documentos foram encaminhados à Polícia Civil e subsidiaram a abertura de investigação na Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que deflagrou a Operação Suserano, em setembro de 2024. A operação apura um suposto esquema de superfaturamento na execução de emendas parlamentares.

A CGE apontou sobrepreço em contratos da Seaf com uma empresa ou instituto responsável pelo fornecimento de kits. A partir da divulgação da operação, o então secretário de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro (MDB), foi exonerado pelo governador Mauro Mendes.

Em maio de 2025, a Deccor remeteu o inquérito ao Núcleo de Ações de Competência Originária (NACCO) do Ministério Público, após encontrar indícios da participação de deputados estaduais no esquema. No mês seguinte, o relatório da Deccor vazou à imprensa e foi divulgado por um portal nacional com destaque para a citação de 14 deputados e ex-parlamentares envolvidos em suposto superfaturamento de emendas.

A revelação provocou forte reação da Assembleia Legislativa, que resultou na convocação do controlador-geral do Estado, Paulo Farias Nazareth Netto, para prestar esclarecimentos. A pressão dos deputados levou o presidente da ALMT, Max Russi (PSB), a pedir ao governador que determinasse uma investigação sobre o vazamento. Mauro Mendes atendeu o pedido e abriu apuração formal sobre a origem do documento divulgado.

 



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