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Abilio denuncia “farra do consignado” em Cuiabá e revela que servidor compromete mais de 60% do salário com dívidas



Assim como ocorreu com trabalhadores estaduais, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a Prefeitura identificou casos de servidores com mais de 60% do salário comprometido com empréstimos consignados.

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A declaração foi feita durante apresentação do relatório que marca o fim do decreto de calamidade financeira, que esteve em vigor nos primeiros meses da atual administração.

Além do rombo de R$ 50 milhões em consignados não repassados aos bancos, descontados dos contracheques dos servidores durante a gestão Emanuel Pinheiro (MDB), Abilio alertou para os riscos sociais e institucionais de manter trabalhadores públicos em situação de superendividamento.

“A farra do consignado que estava acontecendo no Estado parece que estava acontecendo aqui também. Quantas pessoas endividadas no consignado, no cartão de crédito, você sabe disso. Pessoas enforcadas, com mais de 60% do seu salário comprometido com consignado. Como a Prefeitura pode autorizar isso?”, questionou.

Segundo ele, essa condição fragiliza o servidor público, que se torna mais vulnerável a práticas ilícitas.

“Um servidor endividado, enforcado, é mais suscetível à corrupção. Qualquer outro valor pode corromper essa personalidade, ele sabe das dificuldades financeiras que tem”, afirmou.

Como resposta a esse cenário, Abilio anunciou medidas para restringir a concessão de consignados no município. Entre as ações, está a proibição definitiva de consignados vinculados a cartões de crédito e a definição de um teto de 30% de comprometimento da folha com esse tipo de operação.

“Nós publicamos um decreto: está proibido consignado no cartão de crédito no município de Cuiabá. Não vamos aceitar mais e não vamos voltar atrás disso. Vamos estabelecer um teto de 30%. Não vai passar disso”, declarou.

O prefeito ainda citou que as novas medidas são resultado direto da CPI dos Consignados, realizada pela Câmara de Vereadores de Cuiabá, que identificou diversas falhas e irregularidades nos contratos firmados nos últimos anos.

“Vamos suspender todos esses contratos superfaturados, superdimensionados, que se aproveitam do momento de fraqueza e da dificuldade financeira do servidor”, completou.

As declarações fazem parte do pacote de informações repassadas por Abilio aos vereadores nesta segunda-feira (14), quando ele também cobrou posicionamento dos parlamentares sobre o colapso financeiro herdado e os prejuízos causados aos servidores. O relatório completo, com os dados oficiais, também foi enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao governador Mauro Mendes (União).



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