A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou que mantém um bom relacionamento com o Governo Federal, apesar de estar em campo político oposto ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na segunda-feira (21), a gestora municipal ressaltou que, assim que assumiu o comando do Paço Couto Magalhães, deixou as questões ideológicas de lado, pois sua prioridade é garantir investimentos para que o município posse se desenvolver.
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A liberal, inclusive, afirmou que sua passagem por diversos ministérios tem sido produtiva.
“Sou bem recebida em todas as pastas por onde passei. Já estive no Ministério das Cidades, da Saúde, da Agricultura. Fomos buscar melhorias para a população, porque o recurso federal é público, é da população, não tem partido”, disse.
A prefeita citou como exemplo os recursos viabilizados, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que garantirão a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), a criação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e a implementação da telemedicina nas unidades municipais.
“Com a telemedicina, vamos conseguir reduzir as filas nas unidades e UPAs, o que representa um grande avanço para a saúde em Várzea Grande”, explicou.
Flávia destacou que sua gestão tem priorizado ações nas áreas mais críticas do município, como saúde, infraestrutura e habitação.
Ela reforçou que o foco está nos resultados e não em embates partidários.
“Estamos buscando obras e soluções para os problemas da cidade. O que importa é o compromisso com o povo, não o lado político”, completou.
Questionada se ela subiria no mesmo palanque que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em eventual visita ao município, Moretti disse que sua presença em eventos institucionais é uma questão de protocolo e respeito à liturgia do cargo, independentemente de posicionamentos políticos.
“Fica o protocolo, e protocolo de cerimonial é assim: se eu estou inaugurando uma obra, é protocolo. Chama-se protocolo. Pronto, acabou. Ele é o presidente, eu sou eu. Estarei [presente], afinal de contas, eu estou dentro do meu município, que eu sou prefeita. Não deixarei de estar. Questão de protocolo e respeito. As pessoas têm que entender que, a partir do momento que você é realmente público, você responde pelo protocolo público.”
A prefeita ainda recorreu a sua experiência como advogada para reforçar sua posição, citando a ordem protocolar usada nos tribunais:
“Como advogada, sempre fui muito rígida com isso. Eu sei que o Tribunal de Justiça tem um protocolo. Eu não vou falar antes do relator do meu processo – o relator vai falar primeiro. Eu tenho horário da minha sustentação oral. E protocolo é protocolo”, completou.