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Ex-governador Pedro Taques, que cobra sistematicamente o governador Mauro Mendes sobre transação com telefônica
Novamente, o ex-procurador da República, ex-senador e ex-governador Pedro Taques (sem partido) fez um post, na rede scial Instagram, para cobrar esclarecimentos públicos do governador Mauro Mendes (União) sobre o rumoroso caso envolvendo transações financeiras da ordem de R$ 308.123 milhões de uma dívida do Governo de Mato Grosso com a Empresa de Telecomunicações Oi S/A.
A empresa está em sua segunda recuperação judicial, que tramita na 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, e a dívida está estimada em R$ 44,3 bilhões em dívidas com os mais variados credores.
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Verba do Estado irrigou fundo que investe em hotel de luxo
Como o processo se desenrola no Rio, toda e qualquer negociação, para ser válida e ter legalidade, é necessária que passe pelo crivo tanto do Juíz Universal, ou seja, a 7ª Vara Empresarial do Estado, e pela Wald Advogados Associados e Recuperação Judicial.
O DIÁRIO já formalizou mais de cinco pedidos de informações à Justiça fluminense o escritório de advocacia. Em elas, a resposta é que o Juízo só fala nos autos do processo e que a administradora torna público, mensalmente, todas as movimentações do processo de Recuperação Judicial e que pode ser consultado pelo site https://ajwald.com.br ou pelo site https://recuperacaojudicialoi.com.br/.
Em seu post, Pedro Taques destaca, em tom de cobrança:“Oi, Mauro. Nós não nos esquecemos de você. Vocês se recordam desse escândalo da Oi? Em que o Estado do Mato Grosso teria feito um acordo sigiloso e teria pago 308 milhões para a OI S/A?”. Ele apresentando matérias veiculadas pelo jornal Folha de São Paulo, um dos que têm maior circulação nacional e até mesmo internacional, do dia 21 de maio último, e que, além de republicada pelo portal UOL, do mesmo grupo, foi divulgada por vários sites de Mato Grosso e do Brasil.
A matéria intitulada é ‘Destino de R$ 308 mi pagos por MT põe governo Mauro Mendes na mira de investigação”..
Mais adiante, Taques afirma: “Foram pagos R$ 308 milhões e ninguém sabe como, nem por que. Pago para a Oi S/A”. Ele citouo matéria do portal G1, do Grupo Globo, intitulada: Justiça pede explicações sobre o destino de R$ 308 milhões pagos pelo Governo de MT a empresa de telefonia, que pode ser lida AQUI.
“Parte deste dinheiro, ao que consta, teria sido para um fundo ligado ao filho do governador”, escreveu Taques.
Ele se referia ao empresárioa Luiz Antônio Taveira Mendes, que, em reportagens, teve se nome vinculado ao do empresário Fernando Luiz de Senna Figueiredo, gestor dos fundos de investimentos Royal Capital e Lotte Word, que receberam mais de R$ 154 milhões, cada um, em acordo sigiloso com a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso, conforme matéria do site PNB On-line intitulada Governo de MT devolve R$ 308 milhões para a Oi S/A e dinheiro vai parar em fundos ligados a Mauro Mendes.
“E agora, uma outra novidade. Parte destes valores teria ido para um fundo, segundo o jornal a Folha de São Paulo, ligados ao chefe da Casa Civil do Mauro Mendes [se referindo ao deputado federal licenciado Fábio Garcia, filho do empresário Fernando Robério Garcia, mais conhecido como Berinho, apresentando matéria intitulada: Verba de Mato Grosso irrigou fundo que investe em hotel de luxo em Cuiabá”, assinala Pedro Taques.
A integra da matéria da Folha de São Paulo, reproduzida pelo DIÁRIo pode ser lida AQUI.
O hotel em questão é Cuyabá Golden Hotel, uma grande estrutura que previa 168 quartos de alto padrão e que, segundo o proprietário, estaria com 90% de suas obras e estruturas concluídas.
Iniciado em 1991, por meio da Hotéis Global, o empreendimento contou com R$ 11.368.782,61 de financiamento pelo Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam), com previsão de contrapartida de igual valor por parte dos construtores; 34 anos já se passaram e nada da obra ser concluída, lembrando, que em 2014, Cuiabá sediou jogos Copa do Mundo de Futebol e diversos investimentos neste setor ocorreram, mas esse não conseguiu prosperar.
Em 2009, uma Ação Civil Pública foi proposta pelo Ministério Público Federal contra os sócios, mas a própria Justiça Federal entendeu que a ação proposta era incompatível para o caso, que seria de fraude na prestação de contas dos recursos públicos.
Certo mesmo é que as obras nunca ficaram prontas.
Pedro Taques completa suas observações: “É muito dinheiro! Eu preciso saber disso. Você, cidadão, precisa saber disso, porque esse dinheiro é meu, é seu esse dinheiro. É nosso esse dinheiro. E o Mauro (o governador) tem obrigação de falar sobre isso. Oi, Mauro” Nós não vamos esquecer”.
Taques e Mauro chegaram a ser amigos pessoaus durante anos e disputaram eleições juntos.
Aliás, o chefe do Poder Executivo de Mato Grosso, na semana passada, decidiu no melhor estilo político do “passar recibo” nas críticas de Pedro Taques, respondendo com críticas, em vez de argumentos e fugindo de esclarecimentos necessários e que deveria ser um dos pilares de quem prega ser democrata e transparente.