O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que uma eventual candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), à Presidência da República em 2026 seria mais favorável ao projeto político construído em Mato Grosso em torno do nome do senador Jayme Campos (União) para o governo.
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Apesar disso, reconheceu a força que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem conquistado como possível herdeiro do espólio político de Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível.
“Para nós, até pessoalmente, o Caiado seria bem melhor, que é nosso amigo pessoal, nosso correligionário. Até para um projeto de Jayme ao governo, a candidatura de Caiado ajudaria mais”, disse.
Ele, no entanto, ponderou que o goiano não reúne a projeção nacional e a capacidade de aglutinar forças políticas necessárias para vencer uma eleição presidencial.
“O Caiado é um grande nome, é um excelente político, mas eu acho que não tem a grandeza nacional e a unidade que seria preciso para ganhar a eleição. Eu acho que o Tarcísio consegue unir todo mundo”, avaliou.
Júlio também minimizou os impactos recentes no bolsonarismo, como a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente. Para ele, mesmo sem Bolsonaro na disputa, a direita segue fortalecida com outras lideranças.
“Não sendo o Bolsonaro o candidato, vamos ter outro nome da direita, do centro-direita. Estamos aí com o Tarcísio, o governador de São Paulo, que é um nome expressivo. Temos o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e o governador de Minas”, citou.
Ele afirmou que o campo da direita vai entrar com força na disputa contra o candidato apoiado pela esquerda e pelo presidente Lula (PT).
“Vamos disputar para valer. Voto é voto, voto a voto. Vez passada, a diferença foi de 2 milhões a favor deles. Agora poderá ser 2 milhões a nosso favor”, comentou.
No estado, Jayme enfrenta resistência dentro do partido para fortalecer seu projeto. Isso porque, o líder maior do União Brasil, o governador Mauro Mendes, presidente estadual do UB, já declarou que vai estar no palanque do seu vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) caso seja concretizado sua candidatura a chefe do Palácio Paiaguás.
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