Com decisão sobre juros e o anúncio de tarifas dos Estados Unidos a produtos brasileiros, julho foi um mês recheado de emoções para quem investe em ações. O Ibovespa teve seu pior desempenho mensal no ano, com queda de 4,17%. Enquanto algumas dúvidas ainda permanecem no radar, escolher os ativos certos para a carteira em agosto pode ser uma tarefa desafiadora.
Para apoiar as decisões, o InfoMoney compilou as recomendações das principais corretoras do País para mostrar as ações mais indicadas para este mês.
O topo da lista não mudou: o Itaú (ITUB4) manteve as seis recomendações que recebeu em julho e segue com o papel mais indicado em agosto. Por outro lado, a Copel (CPLE6) perdeu uma indicação e deixou o ranking.

A novidade do mês é a volta da Vivo (VIVT3) após alguns meses de ausência. A empresa é vista pela Terra Investimentos como “um dos cases mais defensivos e consistentes da Bolsa”.
Veja a lista das ações mais recomendadas para investir em agosto, seus retornos mensais e anuais e o que fez os especialistas as indicarem:
Empresa | Nº de recomendações | Retorno em julho | Retorno em 12 meses |
Itaú (ITUB4) | 6 | -4,80% | 23,53% |
Petrobras (PETR4) | 5 | 4,02% | 2,13% |
Vale (VALE3) | 5 | 1,54% | -5,74% |
Vivo (VIVT3) | 4 | 2,25% | 38,28% |
Prio (PRIO3) | 4 | -0,50% | -12,20% |
O banco vem demonstrando resiliência, capacidade de adaptação, eficiência operacional “elevada” e “sólida qualidade dos ativos” segundo o BB Investimentos. Segundo os analistas da casa, “o foco em mix de produtos mais rentáveis e gerência de custos que se traduzem em alavancagem operacional devem seguir sendo os principais direcionadores para a manutenção da rentabilidade que devemos ver no resultado do segundo trimestre de 2025”
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Petrobras (PETR4)
O Santander tem, no curto a médio prazo, “visão mais cautelosa” para a ação da estatal. Porém, a “visão construtiva” para um horizonte de longo prazo justifica a manutenção do papel em sua carteira de recomendações. Os analistas destacam a projeção de um dividend yield (retorno com dividendos) médio de 8,5% para 2025 e 2026.
É mais uma ação classificada como resiliente, agora pelo time da Terra Investimentos, que destaca “resultados alinhados com as expectativas do mercado, mesmo diante da desaceleração da economia chinesa”. A corretora considera o valuation atual como descontado, sugerindo potencial de valorização do papel. O preço-alvo da casa para a ação nos próximos 12 meses é de R$ 70; hoje, o papel é negociado na casa dos R$ 54,70.
A Terra Investimentos passou a recomendar a ação em agosto, argumentando que o papel é “um dos cases mais defensivos e consistentes da Bolsa, aliando previsibilidade e crescimento”. A corretora destaca “dividendos atrativos” e a compra da FiBrasil, que “amplia a liderança em fibra”.
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O BTG Pactual enxerga potencial de valorização de cerca de 50% em relação ao preço-alvo de R$ 65 que estabeleceu para a ação. Esse potencial é explicado pela possibilidade de aquisições ou distribuição de dividendos, segundo o banco. Para os analistas, a produção da companhia a torna “bem posicionada para aumentar os lucros, mesmo em um ambiente de preços do petróleo mais fracos”.