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Lula afirma que Moraes garante a democracia e ataca motim


Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula também criticou as tarifas impostas por Donald Trump a produtos brasileiros

O presidente Lula (PT) disse, nesta sexta-feira (8), que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), está garantindo a democracia no Brasil.

Lula se dirigia ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC), durante discurso em Rio Branco, no Acre.

O presidente também criticou a ocupação das Mesas Diretoras do Senado e Câmara por parlamentares de oposição que protestaram contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Você, Petecão, não assine pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, porque ele está garantindo a democracia. Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não permitir que funcionem a Câmara e o Senado, verdadeiros traidores da pátria”, disse Lula.

Com o motim, que durou dois dias, os bolsonaristas buscaram pressionar a cúpula do Congresso a pautar a anistia ao ex-presidente e aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023, além do impeachment de Moraes, que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro, e amarras à atuação da corte, principalmente em relação a investigação e processos contra parlamentares.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se negou a dar andamento à proposta de impeachment.

Senadores que se rebelaram depois da prisão domiciliar de Bolsonaro agora tentam usar as 41 assinaturas que obtiveram a favor do impedimento do ministro para pressionar Alcolumbre.

O senador retomou o controle da Mesa Diretora na manhã da quinta-feira (7).

Os dias em que a Casa ficou impedida de ter votações – terça (5) e na quarta (6) – são aqueles em que normalmente há mais deliberações.

Presente durante o evento com Lula, Sérgio Petecão, mencionado pelo presidente no discurso, é o único senador do Acre alinhado ao Governo.

Alan Rick e Márcio Bittar, ambos do União Brasil, são apoiadores de Bolsonaro.

Lula também criticou as tarifas impostas por Donald Trump a produtos brasileiros.

As sobretaxas entraram em vigor na quarta-feira (6).

“O presidente dos Estados Unidos aprenda a respeitar a soberania desse país.”

O presidente teceu críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sem mencioná-lo diretamente.

“[Bolsonaro] mandou o filho dele para os Estados Unidos. Ele vai saber o que vai custar isso porque vai ter um processo. Esse moleque é traidor de 215 milhões de brasileiros.”

Segundo o presidente, Bolsonaro “abriu uma lâmpada”, de onde “não saiu o Aladim”, mas sim “o que tinha de podre nesse país para política”.

“Só ver o nível do Senado e da Câmara. Deputado não faz mais discurso, pega o celular, grava a cara dele, fala bobagem e acha que está sendo deputado ou senador.”

O petista também disse que, se tiver boas condições de saúde, será candidato à reeleição no próximo ano.

“Se eu tiver como estou hoje, aqueles crápulas não voltarão jamais a governar esse país”, disse Lula.

O presidente realizou as primeiras visitas ao Acre e a Rondônia desde que assumiu novamente a presidência em 2023.

O petista ainda foi a Porto Velho,nesta tarde.

No Acre, Lula anuncia investimentos de R$ 1,1 bilhão do governo federal em infraestrutura, transportes, energia, educação e regularização fundiária para o estado. O evento contou com a participação do governador Gladson Cameli (PP), que em 2022 apoiou Bolsonaro.

Governado pelo PT durante 20 anos seguidos, o Acre deu uma guinada à direita a partir das eleições de 2018, tornando-se, desde então, um reduto bolsonarista. Em 2022, Bolsonaro teve 70,3% dos votos válidos no segundo turno no eleitorado acreano, enquanto Lula obteve 29,7%.

Ao se dirigir a Gladson, Lula chamou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), de “maior inimigo” entre os governadores.

“Quando viajo ao estado, não olho o partido do governador (…) Por isso, somos o governo que mais investiu em Santa Catarina, onde o governador que é o maior inimigo nosso, esse trata como inimigo.”

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL) não compareceu ao Teatro Estadual Palácio das Artes.

Ex-governador do Acre, o atual presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana (PT), discursou.

A gestão federal anunciou obras e reparos na BR-364, que percorre o Acre e por onde a produção econômica é escoada.

A rodovia receberá R$ 870 milhões para manutenção e recuperação em quatro lotes.

As obras abrangerão trechos que atravessam 12 dos 22 municípios acreanos e devem gerar 12 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativa do governo.





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