Reprodução/Secom-MT e Agência Câmara
O governador Mauro Mendes, o deputado federal José Medeiros e o vice-governador Otaviano Pivetta: nomes para a disputa em 2026, segundo o prefeito Abílio Brunini
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), expressou com bastante clareza sua preferência, tanto pela candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para o o Governo de Mato Grosso, como também pelos nomes do governador Mauro Mendes (União Brasil) e do deputado federal José Medeiros (PL) como candidatos às duas vagas para o Senado.
Por mais de uma vez, o prefeito disse “respeitar” o senador Wellington Fagundes (PL), que tenta construir sua pré-candidatura para o Governo do Estado pela direita bolsonarista, mas colocou parlamentar apenas como “um bom candidato”.E tratou Pivetta com acentuada diferença, tahando-o como “um ótimo candidato”.
Leia também:
Mauro e Cidinho assumem comando de federação no Estado
Federação UB-PP põe em xeque disputa pelo Governo de Mato Grosso
Todo o contexto da posição política externada pelo prefeito de Cuiabá é decorrente da sinalização do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto – logicamente, combinado com o senador WF – de marcharem, nas eleições de 2026, com o MDB, lideradio pela deputada estadual.
A parlamentar, que é nora de Wellington, além de assumir a presidência do MDB, um partido extremamente orgânico e ramificado em todas as cidades de Mato Grosso e do Brasil, se coloca como candidata a uma das duas vagas para o Senado, bem como aparece com chances de vitória nas pesquisas de intenção de votos.
Abílio já havia declarado, anteriormente, e manteve sua posição, que não marchará com o MDB, mesmo que isso seja construído “de cima para baixo”.
“Estamos [o PL] construindo candidaturas em todos os estados e queremos claramente eleger senadores e deputados federais. Respeito muito o senador Wellington Fagundes, mas já deixo claro: meus pré-candidatos ao Senado são o governador Mauro Mendes e o deputado federal José Medeiros. Agora, se o partido ou o senador Wellington deseja seguir com o MDB, por causa de sua vinculação pessoal, problema dele e do partido. Eu não vou seguir. Não apoio o MDB em nada. Não tenho relação com o MDB e nem vou ter”, afirmou.
Mais adiante, ele disse não ter nada pessoal contra a deputada e futura presidente do MDB. Segundo ele, se trata de “uma estratégia política” e que já definiu que vou seguir com o governador e com o deputado.
“Se o senador Wellington Fagundes quer ser candidato ao Governo de Mato Grosso pelo PL, pode ser. Não tem problema algum. Ele é um bom nome. Se o Otaviano Pivetta é candidato ao Governo do Estado, é um ótimo nome. Não existe problema na disputa entre eles”, disse o prefeito.
Para ele, fora disto não tem diálogo. Disse que não adianta tentar fazer composição com o MDB, para dar roupagem de “direita” ao partido, que é da ministra do Planejamento, Simone Tebet. Então senadora por Mato Grosso do Sul, ela disputou o primeiro turno das eleições presidenciais, em 2022. No segundo turno, apoioi o petista Lula, que venceu a disputa..
“O MDB é base do Lula. Tem um ‘monte’ de ministérioa no Governo Lula. O Valdemar [da Costa Neto, presidente nacional do PL disse que, em alguns casos pode. Mas, por causa de São Paulo, onde o prefeito da maior capital do Brasil, Ricardo Nunes, é do MDB. Eu tenho um posicionamento um pouco divergente. São casos atípicos e fica a percepção de que toda a eleição será mensurada por São Paulo. Aqui, em Mato Grosso, o MDB é do deputado Emanuelzinho, vice-líder do Governo Lula, do Valtenir Pereira e do Bezerra. Aqui, o MDB não é de direita, é de esquerda. Se a Janaina quer disputar pela direita, que procure outro partido. Pode até ser um de centro”, disse Abílio, reafirmando, pela sétima vez na mesma entrevista, que os seus candidatos ao Senado são José Medeiros e Mauro Mendes.
O prefeito de Cuiabá, convenientemente, ainda saiu em defesa de Mauro Mendes, que é do União Brasil e que também tem ministros no Governo Lula. Disse que o partido emitiu um carta, alertando aos filiados que deixassem as funções no Governo Federal e ponderou que o governador não tem posicionamento a favorl do Governo Federal, defendendo a relação do governador com Lula (PT) como “institucional”. OU, no melhor que a política partidária e eleitoral pode proporcionar, por interesse mesmo.
Abílio Brunini ainda lembrou que Mauro Mendes, nas poucas vezes em que participou de eventos do Governo Luta, foi vaiado.
“Pediram para ele fazer o L e ele não fez”, disse o prefeito – que, a propósito, e recente polêmica, quando expôs alunos menores ao ridículo, nas redes sociais, disse que quem faz o L não sabe responder “quanto é 4 x 4”. Um argumento, no mínimo, medíocre para se avaliar outras pessoas e suas opções eleitorais, sejam elas quais forem.
Questionado por que o MDB que participou do Governo Jair Bolsonaro serve e o que participa do Governo Lula não serve, Abílio respondeu que o MDB é centro. Logo ele, que sempre se alia a quem está no Governo.
Alertado que nem o próprio governador Mauro Mendes definiu seu futuro político, até o momento, Abílio arrematou: “Pode anotar ai: ele é pré-candidato ao Senado”.
“Podem ficar tranqüilos, que ele não recuar nunca”, completou..
Abílio ainda evitou polemizar em relação à candidatura ao governador de Mato Grosso, ao admitir que o PL tem o nome do senador Wellington Fagundes, o qual classificou como “um bom nome”. Mas, reafirmou que Otaviano Pivetta “é um ótimo nome” e que sua prioridade é trabalhar para eleger dois senadores.
Aliás, eleger senadores é prioridade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que sonha com a maioria dentro do Senado, para mudar a legislação, promover o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em prisão domiciliar, com uso de tornozoleira eletrônica e prestes a ser condenado por tentativa de golpe de Estado, o ex-mandatário sonha com uma anistia ampla, que beneficiaria os seus aliados que, em 8 de janeiro de 2023, invadiram a Praça dos 3 Poderes, em Brasília, e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da Suprema Corte..
“Se não conseguirmos construir um diálogo, ou entendimento, o meu sentimento e o meu trabalho continuará no mesmo sentido. Ou seja, de construir um projeto junto com Mauro Mendes e José Medeiros. Mato Grosso não pode cair em divisãozinha política, por racha, nem por nada. Temos uma responsabilidade muito grande em resgatar este país e precisamos levar ao Senado dois líderes da direita”, completou o prefeito.