Após um leve respiro na última quarta-feira (20), depois de uma forte baixa de 6% na terça, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) voltam a ter baixa nesta sessão. Às 14h07 (horário de Brasília) desta quinta (21), os ativos caíam 1,16%, a R$ 19,63.
Os agentes ainda analisam os potenciais reflexos de movimentos recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei Magnitsky, que adicionaram mais um ponto de pressão ao banco após um resultado bastante fraco para o segundo trimestre.
Também nesta sessão, Itaú (ITUB4) tinha variação negativa, Bradesco (BBDC4) cedia e Santander Brasil (SANB11) avançava.
FERRAMENTA GRATUITA
Simulador da XP

Saiba em 1 minuto quanto seu dinheiro pode render
Nesta quinta, um novo capítulo do impasse sobre o tema ganhou destaque. De acordo com informações do jornal Valor Econômico, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes teria tido um cartão de crédito do Banco do Brasil, de bandeira americana, bloqueado em razão das sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei.
De acordo com o jornal, não está claro qual era a bandeira, mas a Moraes teria sido oferecido em substituição um cartão Elo, que não possui operações nos EUA.
A Folha de S.Paulo já havia informado na quarta-feira (20) que Moraes teve um cartão internacional bloqueado por ao menos uma instituição financeira, sem especificar qual. Na ocasião, a reportagem relatou que a Elo foi oferecida como alternativa para que o ministro pudesse manter pagamentos no país.
Continua depois da publicidade
Procurado pelo InfoMoney, o Banco do Brasil afirmou que não iria se manifestar sobre o caso. Outras instituições consultadas pela imprensa disseram que, por sigilo bancário, não podem confirmar se Moraes é cliente.
Na última quarta, os bancos tinham registrado uma recuperação parcial após o tombo de R$ 42 bilhões do dia anterior, em meio a questões sobre a aplicabilidade de leis estrangeiras no Brasil.
A forte baixa de valor de mercado na terça ocorreu depois da visão de uma “encruzilhada” para as instituições financeiras com os ruídos desencadeados pela decisão do ministro Flávio Dino, do STF, na segunda-feira (18) de que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil.
Continua depois da publicidade
A decisão de Dino causou nova onda de dúvidas e apreensão no setor bancário, sobretudo naquelas instituições que têm operações nos Estados Unidos. Com temor de mais insegurança jurídica, bancos que já estavam buscando pareceres no exterior sobre o tema preveem nova rodada de conversas com bancas de advocacia.
Neste cenário, a visão era de que o Banco do Brasil estaria entre os mais expostos: como responsável pela folha de pagamento dos servidores federais, a visão era de que dificilmente encerraria a conta-salário de um ministro, mesmo sob pressão internacional.