O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), negou que a unificação de secretarias represente perda de autonomia ou de prestígio para os titulares das pastas. A declaração foi dada nesta quinta-feira (5), em entrevista à imprensa, após a Câmara aprovar o projeto de lei criando a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.
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Segundo Abilio, cada área continuará com orçamento próprio e autonomia na execução dos projetos. “O orçamento da Cultura, o planejamento orçamentário dele inteirinho se faz ainda pelo secretário de Cultura, Jhonny Everson. O planejamento do Esporte se faz pelo secretário Jefferson, e na Educação, sucessivamente. Não tem como eu chamar o secretário de Educação para discutir esporte, porque o conhecimento é do Jefferson. E não tem como chamar qualquer outro para tratar de cultura, sendo que o Jhonny é uma das maiores referências em planejamento de cultura na cidade”, afirmou.
O prefeito reforçou que a proposta busca reduzir despesas sem comprometer a eficiência da gestão. “A gente não pode reduzir gastos perdendo eficiência. Isso é um grande erro. Nós vamos diminuir gastos e manter a eficiência. Economia sem eficiência não é economia, é desperdício de aplicação dos recursos”, disse.
A medida, entretanto, gerou insatisfação entre os secretários envolvidos, conforme apurado pelo Olhar Direto. Para tentar contornar a situação, Abilio convocou uma reunião para discutir ajustes no texto antes da votação. O município argumenta que a fusão tem como objetivo central racionalizar a gestão administrativa, integrar as áreas e otimizar o uso de recursos públicos, sem prejuízo da autonomia técnica dos setores.
De acordo com a equipe econômica, a unificação deve gerar economia de R$ 4 milhões. O secretário de Governo, Ananias Filho (PL), admitiu que haverá cortes de pessoal como parte da medida.
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