O advogado Paulo Renato Ribeiro, 52 anos, foi preso neste domingo (24) pela Polícia Civil em Colniza, enquadrado por injúria, calúnia, difamação e ameaça. Ele é acusado de divulgar em grupos de WhatsApp da cidade informações falsas que atingem a honra de autoridades locais, como policiais, políticos e magistrados, imputando-lhes a prática de variados crimes. Ele passou por audiência de custódia ainda ontem e teve o flagrante convertido em prisão preventiva.
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Segundo confirmado pelo Olhar Direto, Paulo divulgou em grupos da Ordem dos Advogados do Brasil da região informações contra vereadores, membros o Ministério Público e Judiciário, os acusando de diversos crimes, sobretudo o de pedofilia. Ele chegou a sugerir a criação de grupos paramilitares para exterminar os pedófilos da cidade.
Nos áudios enviados aos grupos, segundo o Jornal Gazeta Digital, ele teria reclamado que, por conta de suas acusações contra assessores de juízes e desembargadores, seus processos estariam travados.
Diante dos áudios interceptados pela Polícia Civil, ele foi preso em flagrante com auxílio da militar. Ao delegado responsável pelo caso, Breno Macedo Parrado, o advogado preferiu o silêncio. O juiz que atua no caso converteu a prisão em flagrante em preventiva e ordenou o sigilo do processo por envolver crime. Após a audiência de custódia, Paulo foi encaminhado à Sala de Estado Maior situada na na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa – “Mata Grande”, em Rondonópolis.
A 16ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso confirmou à reportagem que acompanha o caso de perto e que, caso confirmadas as acusações, Paulo poderá sofrer sanções administrativas como a suspensão do exercício da advocacia.