Angelo Varela/ALMT
A proposta, de autoria do Poder Judiciário, foi aprovada mesmo com forte pressão do Palácio Paiaguás, que tentou barrar a medida
A Assembleia Legislativa aprovou, no fim da a manhã desta quarta-feira (19), o projeto de lei que autoriza o reajuste de 6,8% para os servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O aumento é de 6,8%, e o projeto, agora, vai à sanção (ou veto) do governador Mauro Mendes (União).
A proposta, de autoria do Poder Judiciário, foi aprovada mesmo com forte pressão do Palácio Paiaguás, que tentou barrar a medida.
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O número de deputados a favor da matéria não foi divulgado pela Mesa Diretora.
A votação ocorreu de maneira simbólica, em que não é necessário o registro nominal do voto dos parlamentares.
O trabalho ocorreu em meio a pressão de servidores públicos do Judiciário, que ocuparam a galeria do plenário da Assembleia.
Também estiveram presentes os desembargadores Orlando Perri e Nilza Maria Pôssas de Carvalho, vice-presidente do Tribunal de Justiça.
A matéria foi a primeira a ser colocada em discussão no grande expediente.
A primeira votação foi realizada em 22 de outubro.
O texto prevê o reajuste do salário de 3.500 servidores do Judiciário em nove cargos.
O impacto no orçamento do tribunal será de R$ 42 milhões, neste ano.
EFEITO CASCATA – Em entrevistas anteriores, o governador Mauro Mendes se manifestou contrário ao projeto.
Ele disse que temia um “efeito cascata” no funcionalismo público: os servidores de outros poderes poderiam exigir o aumento.
Com base em dados da Fazenda estadual, o Palácio Paiaguás projetou, com o reajuste do TJMT, um impacto nos cofres públicos de R$ 1,6 bilhão em 2026.
Mauro vai aguardar parecer da Procuradoria-Geral do Estado para tratar da legalidade do texto.





