Reprodução
A empresa Reag, na Faria Lima, no centro financeiro de São Paulo, é investigada em operação da PF
A empresa Reag Investimentos, administradora de fundo que atua junto à MTPAR, empresa pública de Mato Grosso, também detém negócios com as empresas da família do governador Mauro Mendes (União Progressista).
A empresa está no olho do furação provocado pela Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal e Receita Federal, por suspeitas de operar recursos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Aliás, não foi uma nem duas vezes, durante a apuração das operações consignadas de empréstimos, cartão de Crédito e Cartão de Benefício, realizada junto aos servidores do Poder Executivo, que houve insinuações de que os empréstimos poderiam ser operados com recursos ilícitos.
Leia também:
Governo contrata empresa utilizada pelo PCC em esquema bilionário
Conforme o site PNB Online (Leia AQUI), a Reag Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. administra, desde 29 de maio deste ano, o fundo Ventura Finance de Investimentos em Direitos Creditórios, que nasceu como 5M Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios. Até o início deste ano, a principal cotista do fundo era a empresa Minebrás Mineração, detentora de 15% das cotas.
Antes, o fundo ligado à Minerbrás Mineração era administrado pela Acusa Gestora de Recursos, que administrou os fundos Lotte Word e Royal Capital, responsável por receber R$ 308 milhões do Groverno de Mato Grosso.
A Minerbrás tem como sócios Luis Antônio Taveira Mendes, filho do governador de Mato Grosso, e a Sollo Mineração S.A.
A empresa funciona na Fazenda Ajuricaba, em Nossa Senhora do Livramento(46 km ao Sul de Cuiabá).
A propriedade foi adquirida por Mauro Mendes e pelo ex-governador Silval Barbosa (MDB).
Segundo a delação do ex-governador, a compra ocorreu em troca de preferências do antigo proprietário pelas contratações do programa de asfaltamento do programa MT Integrado.
Silval e Mauro Mendes já estiveram no mesmo palanque eleitoral e caminharam juntos. Sempre se ouviram rumores de que ambos teriam negócios na extração de ouro em Mato Grosso. Mas, como em política, o que mais existe são rumores e insinuações, o assunto baixou e os dois políticos passaram amilitar em campos opostos.
Documentos do próprio fundo Venture Finance mostram que a Minerbrás Mineração cedeu notas promissórias (de nº 1/55 a 55/55), com valor de R$ 19,2 milhões, ao 5M Fundo de Investimentos (atual Venture Finance). O valor total da operação, com as notas promissória,s foi de R$ 19.278.487,09.
Essas notas promissórias tinham vencimentos previstos entre 21 de outubro de 2024 e 20 de abril de 2029
. As notas foram registradas na carteira do fundo no período de 30 de abril de 2024 a 1 de outubro de 2024, e já se encontravam em fase de execução.
O fundo mudou sua denominação social de 5M Fundo de Investimentos para Venture Finance, em 15 de agosto de 2024.
Curiosamente, o Venture Finance recebe investimentos de um terceiro fundo, denominado Coliseu Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, que também investe no Lotte Word, o fundo que recebeu R$ 154 milhões do Governo do Estado, metade do valor de um acordo entre a Procuradoria-Geral do Estado e um escritório de advocacia de Cuiabá, que comprou direitos creditórios da telefônica Oi S.A. por R$ 80 milhões e recebeu do Estado R$ 308 milhões.
O Lotte Word FIDC, com um valor de R$ 76 milhões, representa 69,17% do patrimônio líquido do Fundo Coliseu.
O Venture F1inance, com um valor de R$ 34 milhões, representa 30,83% do patrimônio líquido do Fundo Coliseu.
A Reag Investimentos, por meio da assessoria, informou que atuou como prestadora de serviços de fundos citados na operação e que nunca se envolveu nas atividades econômicas dos clientes.
