No mês de junho, o Ibovespa registrou ganho mais tímido, com +1,33% no apanhado mensal. Ainda que, no ano, a rentabilidade tenha sido de 15,44%, o mês foi marcado por poucas altas fortes. Apenas quatro papéis subiram mais de 10% em junho, com destaque para o forte avanço de MRV (MRVE3), em 20,23%.
A construtora anunciou diversas operações durante o mês, que já começou com forte movimentação positiva dos papéis. Em 6 de junho, as ações apresentaram alta de 6,86%. Uma semana depois, o conselho da MRV autorizou a possibilidade de recompra ou realização de operações com derivativos. Na sequência, a companhia anunciou a aprovação de recompra, de fato, de até 6 milhões de ações, em programa válido até 12 de dezembro de 2026.
Os papéis seguiram com altas consistentes, que compensaram recuo com frustração do mercado sobre venda de ativos da Resia nos EUA. A controlada levantou US$ 62 milhões em desinvestimentos, montante inferior aos US$ 66 esperados no comunicado de resultados do primeiro trimestre de 2025.
Na ponta negativa, a Usiminas (USIM5) amargou perda de 20,77% nos papéis, em especial após mudança de recomendação da divisão de análise do Itaú. O BBA reconsiderou o papel de compra para neutro, refletindo uma deterioração mais rápida do que o esperado nos preços do aço plano no Brasil.
A queda do papel é reflexo da visão para o mercado de aço brasileiro. Em relatório publicado nesta segunda-feira (30), o JPMorgan considerou cenário desafiador para o setor e reforçou sua preferência pela Gerdau (GGBR4), que estaria melhor preparada para lidar com os possíveis percalços causados pelo fluxo elevado de aço estrangeiro. A análise, inclusive, relembrou os efeitos negativos da onda de importações no passado, justamente para papéis como USIM5.
Confira as maiores altas do Ibovespa em junho:
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Confira as maiores baixas do Ibovespa em junho:
