A vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) usou a tribuna da Câmara de Cuiabá para denunciar colegas que, segundo ela, estariam copiando suas indicações e se apropriando de obras e demandas que não partiram de seus próprios mandatos.
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A parlamentar se disse indignada com o que classificou como oportunismo político e afirmou ter provas de que algumas ações anunciadas por outros vereadores, inclusive de oposição, foram originalmente propostas por ela ao prefeito Abilio Brunini (PL).
“Essa indicação minha já é de tempo. E aí várias pessoas vão lá, inclusive quem diz que não é da base, coloca o chapeuzinho de obra e começa a falar que está levando, que está pedindo, que está fazendo. Eu não vou aceitar isso. Coisa que eu trabalho, que eu corro atrás, seja quem for não aceito mais”, disparou.
Baixinha citou casos recentes em que, segundo ela, ideias apresentadas publicamente na tribuna foram transformadas em projetos de lei por outros vereadores, no dia seguinte, sem nenhum tipo de reconhecimento ou menção à sua autoria.
“Eu vim na tribuna dia 8 e falei que estava mandando uma indicação para o prefeito sobre o recolhimento de carros abandonados nas calçadas. Tenho gravado. Protocolei no dia 9. Acredita que uma pessoa, companheiro nosso, fez um projeto de lei igualzinho ao que eu falei? Isso pra mim não é trabalhar em conjunto, é copiar. E copiar é feio”, declarou.
A vereadora afirmou ainda que a prática tem se tornado comum, inclusive com pré-candidatos que tentam “pegar carona” em suas ações para conquistar a simpatia do eleitorado. Para ela, a população precisa estar atenta a esse tipo de comportamento e não se deixar enganar por discursos oportunistas.
Baixinha ressaltou que não tem ciúmes de ideias e está aberta a colaborar, mas exige respeito ao trabalho que vem realizando, especialmente em regiões onde atua com mais frequência, como o Pedra 90.
“Se muitos não querem trabalhar, podem me perguntar: ‘Baixinha, você tem alguma ideia?’ Eu dou ideia. Não tenho problema com isso. Mas ir aonde você está trabalhando e dizer que fez, que pediu, isso não. Pedra 90 não é meu, tem 18 mil votantes, mas a população sabe quem realmente está correndo atrás”, ressaltou.