Início FINANÇAS Bancos tradicionais superam digitais em engajamento, revela estudo do RankMyApp

Bancos tradicionais superam digitais em engajamento, revela estudo do RankMyApp


De acordo com levantamento inédito, startup mostra que bancos lideram uso diário e fidelidade de clientes que utilizam aplicativos financeiros no País 

Um levantamento inédito do RankMyApp, startup brasileira especialista em inteligência de mercado para aplicativos, investida da Wayra Brasil e Vivo Ventures, CVC (Corporate Venture Capital) da Vivo/Telefônica, revela que os bancos tradicionais lideram o engajamento entre usuários de aplicativos financeiros no Brasil, superando os digitais e outras instituições financeiras.

A análise, realizada entre abril de 2024 e abril de 2025 e lançada neste mês, foi feita via amostragem a partir da base de dados da empresa. Entre os principais achados, a pesquisa aponta que os aplicativos de bancos mais tradicionais apresentam os maiores índices de uso diário (DAU), uso mensal (MAU) e frequência de uso (stickiness), contrariando a percepção de que soluções 100% digitais seriam mais atrativas. Esse engajamento é sustentado por altas notas de usabilidade (4,38) e elogios (4,86), em escala de 1 a 5, além de experiência completa e integrada.

Para Leandro Scalise (foto em destaque), CEO da RankMyApp, os dados mostram que conquistar downloads é apenas parte do desafio. “O estudo comprova que não basta atrair: é preciso engajar e reter. Usabilidade, confiança e amplitude de serviços pesam mais na fidelização do que apenas a nota média ou ações promocionais pontuais”, afirma o CEO da startup.

Embora os bancos digitais compitam de perto com instituições mais conservadoras em volume de instalações e também se destaquem em usabilidade (3,05), ainda enfrentam desafios para transformar inovação em fidelização de longo prazo. Já outras instituições financeiras, como fintechs, carteiras digitais e plataformas de investimento, dominam o volume médio de instalações, com picos em meses como dezembro e março, impulsionados por campanhas agressivas de aquisição, como cashback e cupons. No entanto, essas instituições apresentam baixa retenção, mesmo com a maior nota de usabilidade (4,51) e altos índices de elogios (4,86).

Outro dado relevante apontado pelo levantamento é que a percepção positiva nem sempre se traduz em uso real. Outras instituições financeiras, por exemplo, registram 64,45% de avaliações positivas, contra 48,99% dos bancos tradicionais, mas estes últimos mantêm uma base muito mais fiel e ativa.

A amostra também aponta caminhos estratégicos para melhorar o desempenho de cada segmento. “Para os tradicionais, a recomendação é explorar campanhas para atrair públicos mais jovens sem perder a base fiel. Já os digitais devem investir em estratégias de CRM, notificações inteligentes e personalização para aumentar o engajamento. As fintechs, por sua vez, e carteiras digitais precisam otimizar o onboarding e reduzir fricções para converter instalações em uso recorrente”, recomenda Leandro.

Metodologia utilizada para o estudo

A metodologia da pesquisa usou a base de dados da empresa, e os aplicativos foram agrupados em três categorias analíticas: Bancos Tradicionais, Bancos Digitais e Outras Instituições Financeiras. Essa separação permitiu analisar padrões de comportamento de forma agregada, sem exposição de marcas ou dados sensíveis, assegurando a preservação da identidade dos desenvolvedores e respeitando as boas práticas de governança e privacidade. Para baixar o estudo completo acesse aqui.



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