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O deputado bolsonarista Gilberto Cattani, que defendeu o Governo no caso do suposto desvio de emendas
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) saiu em defesa do governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos), nesta quarta-feira (2).
Para ele, o republicano não cometeu qualquer irregularidade ao encaminhar denúncia sobre um suposto esquema de emendas parlamentares envolvendo 14 deputados estaduais.
Cattani acredita que a falha ocorreu apenas no vazamento indevido de informações.
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“A questão de você, como gestor público, receber uma denúncia e levá-la adiante está correta. Ele não está errado”, afirmou, destacando que a denúncia chegou a Pivetta por seu papel de gestor.
“Se a denúncia chegou, ele tem obrigação de passar adiante. Eu não vejo que ele tenha feito alguma coisa de errado”, dissse Cattani.
No entanto, o deputado criticou a forma como o caso foi conduzido.
“O que está errado é o vazamento depois disso e como foram conduzidas essas questões, onde coloca os deputados como já investigados ou criminosos”, completou.
Cattani afirmou que essa exposição foi danosa para a reputação coletiva:
“O povo do Mato Grosso hoje vê os 14 deputados como ladrões. Isso é que ficou ruim. Isso é que nós temos que combater”, destacou.
O motivo da controvérsia foi uma denúncia recebida por Pivetta, então gestor público, relatando suposto esquema de emendas parlamentares superfaturadas.
Chama atenção o caráter preventivo de Pivetta, que acionou as instâncias competentes ao receber a denúncia.
O tema ganhou os holofortes após reportagem do portal UOL, divulgada o último dia 16 de junho, que detalha uma investigação da Polícia Civil de Mato Grosso, que apura um suposto esquema na execução de emendas parlamentares, durante o período eleitoral, no âmbito da Secretaria de Agricultura Familiar.
No total, 14 parlamentares são investigados.
O inquérito faz parte da Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024 pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
O principal alvo foi ex-secretário da Pasta, Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, o Luluca, demitido do cargo..
As investigações começaram em julho de 2024, quando o governador Mauro Mendes (União) exonerou Luluca Ribeiro do cargo de secretário chefe da Seaf.
Luluca atuou no comando da Seaf por pouco menos de cinco meses.
A exoneração dele foi reflexo de uma investigação instaurada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), que apontava irregularidades na gestão da pasta.
O procedimento foi aberto após denúncia relacionada a um processo de compra de kits agrícolas (máquinas e equipamentos) feito pela secretaria.
A compra seria feita por meio de recursos originários de emendas parlamentares.