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As apurações apontam que o esquema teria ocorrido no Governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no inquérito que investiga o caso da “Abin Paralela”.
A PF concluiu investigação e enviou relatório final ao STF (Supremo Tribunal Federal).
As apurações apontam que o esquema teria ocorrido no Governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
O inquérito apura uso da Abin para ações ilegais de espionagem.
A investigação foi aberta no primeiro ano do Governo Lula (PT) para investigar indícios de que a agência tenha sido aparelhada e usada de forma ilegal pelo ex-presidente e Ramagem.
A Abin paralela monitorava pessoas consideradas adversárias de Bolsonaro.
Segundo as investigações da PF, a estrutura de espionagem também atuava por interesses políticos e pessoais do ex-presidente e de seus filhos.
As apurações mostram que a gestão usou o software “First Mile” para as ações ilegais.
Ministros do STF, políticos e jornalistas foram monitorados pela estrutura paralela.
Na lista dos espionados, estão nomes como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux, do Supremo, e o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O grupo instalado na Abin teria usado um software para rastrear celulares “reiteradas vezes”.
O sistema de monitoramento é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G.
Para encontrar o alvo, basta digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição.
O UOL entrou em contato com a defesa de Bolsonaro e aguarda um posicionamento.