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Brasil critica tarifas dos EUA na OMC com apoio de Brics e da UE


Delegação afirma que medidas unilaterais violam regras da organização e ameaçam economias em desenvolvimento; comunicado foi endossado por cerca de 40 países

O Brasil criticou nesta nesta 4ª feira (23.jul.2025) as tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos durante reunião do Conselho Geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), realizada em Genebra, na Suíça. Durante o  encontro, o governo brasileiro incluiu na pauta o tema “Respeito ao sistema multilateral de comércio baseado em regras”.

O comunicado, lido pelo embaixador Philip Fox-Drummond Gough, foi endossado por cerca de 40 membros da organização, incluindo China, Índia, Rússia (países dos BRICS), União Europeia, Canadá e Austrália. A delegação brasileira classificou as tarifas norte-americanas como arbitrárias, com potencial de “lançar a economia global em uma espiral de preços altos e estagnação”. Eis a íntegra do comunicado (em inglês, PDF – 275 kB).

A missão do Brasil classificou as tarifas norte-americanas como “arbitrárias” e “caoticamente implementadas”. Segundo o país, as medidas “violam os princípios fundamentais da OMC, como a não discriminação e o tratamento de nação mais favorecida” e “comprometem a coerência jurídica e a previsibilidade do sistema multilateral de comércio”.

A delegação brasileira também condenou o uso de tarifas como instrumento de pressão política. “Estamos testemunhando uma mudança extremamente perigosa rumo à utilização de tarifas como ferramenta para interferir nos assuntos internos de outros países”, disse a missão brasileira em comunicado.

De acordo com o comunicado, essas ações “desestruturam cadeias globais de valor e podem lançar a economia mundial em uma espiral de estagnação e alta de preços”. A delegação brasileira também afirmou que o uso de tarifas como forma de pressão geopolítica representa “uma mudança extremamente perigosa rumo à utilização de tarifas como ferramenta para interferir nos assuntos internos de terceiros países”.

A delegação do Brasil disse que continuará priorizando “a diplomacia e a negociação”. No entanto, afirmou que, se as negociações fracassarem, o país recorrerá a todos os meios legais disponíveis para defender sua economia, incluindo o sistema de solução de controvérsias da organização.

“Essas medidas levantam questões fundamentais sobre a não discriminação e o tratamento de nação mais favorecida, e correm o risco de comprometer a coerência jurídica e a previsibilidade do sistema comercial multilateral”, afirma a delegação no comunicado.



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