A atual suplente de deputada estadual Edna Sampaio (PT), ex-vereadora de Cuiabá, afirmou ter recebido propostas para pagar propina em troca da preservação de seu mandato na Câmara Municipal. A denúncia foi feita em entrevista ao portal Veja Bem MT. “Recebi proposta de pagar para eu não ser cassada. Se eu tivesse pago, eu não teria sido cassada”, disse, sem citar nomes. Segundo Edna, intermediários a procuraram com promessas de que “tinha um jeito” de impedir a cassação. “Não me disseram o valor. Falaram que o valor seria depois. Mas com certeza não seria um salário mínimo”, ironizou. Edna teve o mandato cassado em julho de 2024, sob acusações de uso da verba indenizatória da sua chefe de gabinete. “Fui cassada por aqueles que, inclusive, agora estão afastados pela Justiça pela acusação de cobrar propina de empresa que presta serviço à prefeitura”, declarou, referindo-se ao ex-presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL), e ao ex-servidor Joelson (PSB), investigados na Operação Perfidia. Apesar da cassação, a petista explica que ainda possui direitos políticos. “Espero que o Judiciário julgue meu processo e me devolva o direito de ser candidata”, afirmou.
Edna assume por dois meses uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), no lugar do deputado Valdir Barranco (PT). Ela pretende focar sua atuação em temas como proteção às mulheres e combate ao feminicídio. Segundo a parlamentar, 60% das vítimas do crime em 2024 são mulheres negras.
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