Início NACIONAL Caso do mensalão abre precedente para extradição de Zambelli da Itália

Caso do mensalão abre precedente para extradição de Zambelli da Itália


Situação de Zambelli é similar à de Pizzolato. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro em 2012, mas fugiu para Itália em setembro de 2013, antes de o mandato de prisão ser emitido.

A prisão foi decretada pelo STF dois meses depois. Ele foi declarado foragido e entrou na lista da Interpol. Assim como Zambelli, Pizzolato nasceu no Brasil e fez carreira no país, mas tinha dupla cidadania.

Pizzolato foi detido em fevereiro de 2014 em Maranello, na Itália, usando o passaporte do irmão, mas foi solto em outubro. Na época, a Corte de Bolonha negou sua extradição e permitiu que ele respondesse o processo em liberdade. O governo brasileiro recorreu, e a Itália decidiu autorizar a extradição em setembro de 2015.

“Não teve obstáculo, a Itália cooperou fortemente”, diz Vladimir Aras. Ele é professor de direito penal na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e atuou na extradição de Pizzolato na época, quando chefiava a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Brasil pode convocar a Convenção de Budapeste, explica Aras. O Artigo 24 do documento trata da extradição de indivíduos acusados de crimes cibernéticos. Zambelli foi condenada pelo STF por uma invasão hacker ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). “Há uma possibilidade legal de que ela seja extraditada”, afirma.

Governo italiano pode negar extradição. A atual primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, é presidente do partido de extrema direita Irmãos da Itália (Fratelli d’ Itália – FdI) e tem orientação conservadora.





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