Início NACIONAL Como a oposição derrotou Alcolumbre, Motta e o governo numa só tacada

Como a oposição derrotou Alcolumbre, Motta e o governo numa só tacada


Numa jogada de mestre, a oposição derrotou de uma só vez os presidentes da Câmara, do Senado e o governo Lula. A reviravolta aconteceu aos 45 do segundo tempo, capitaneada pelos líderes do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). A articulação começou ontem às oito e meia da noite, quando Sóstenes foi chamado para uma reunião com os membros da CPMI do INSS. Desanimado com a perspectiva de que fosse ser uma CPMI “chapa branca”, foi convencido de que ainda dava tempo de virar o jogo.

“Comecei a contar quem poderia votar com a gente. Vi que tínhamos chance de ganhar [o comando da comissão] por quatro votos, mas teria que ser com outro presidente que não o Eduardo Girão, que também queria lançar a candidatura”, explicou Sóstenes. A ideia foi pegar um ex-integrante do PL, o senador Carlos Viana (MG), atualmente no Podemos. Assim conseguiriam garantir apoio também do União Brasil. “Trabalhei até três da manhã. O governo só soube da candidatura rival 15 minutos antes da votação”, gaba-se Sóstenes. A oposição ganhou por um placar apertado de três votos (17 x 14). O bloco Avante-Solidariedade não apareceu para votar.

De quebra, a federação União Progressista (PP-União Brasil), consolidada oficialmente ontem, já mostrou a que veio. Os presidentes Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União) foram contatados hoje cedo pelo senador Rogério Marinho. Ambos ajudaram. O PP contribuiu com dois votos de deputados a favor da chapa de oposição, e o União indicou o relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL), procurador de Justiça por mais de 20 anos e próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa foi a primeira derrota que a federação impôs ao governo Lula, apesar de ter quatro ministros na Esplanada.



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