Segundo Pagliarini, o impacto atinge diretamente empresas que atuam no Brasil como fornecedoras para a cadeia global, e pode alterar a dinâmica de investimentos. Em paralelo, ele destaca que as montadoras chinesas vêm se aproveitando da abertura do mercado brasileiro, onde já enfrentam menos barreiras do que nos EUA e Europa.
Brasil, rota alternativa para a China
Para Andrea Weiss, especialista em direito aduaneiro, a escalada de barreiras comerciais nos EUA contra o Brasil e, de forma ainda mais intensa, contra a China no setor automotivo pode acelerar a presença de marcas chinesas no Brasil.
Ela afirma que nosso país já tem sido visto como destino estratégico, graças à sua base de consumidores, demanda crescente por veículos eletrificados e ambiente regulatório menos hostil.
“Mesmo com a retomada gradual do imposto de importação sobre elétricos no Brasil, o país continua sendo visto como uma oportunidade. A aqui não há uma barreira geopolítica, como nos EUA”, destaca Weiss.
Expansão das montadoras chinesas
Na visão do especialista em negócios internacionais Hisayoshi Kameda, a nova sanção americana pode servir como catalisador para investimentos ainda maiores das marcas chinesas aqui.