Início FINANÇAS como vai funcionar o plano para liberar os reféns em Gaza

como vai funcionar o plano para liberar os reféns em Gaza


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana que Israel e o grupo Hamas chegaram a um acordo para a primeira fase de seu plano de paz para Gaza. O cessar-fogo entrou em vigor às 12h (horário local) desta sexta-feira, com o início da retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

O acordo prevê a libertação de todos os 20 reféns israelenses que ainda estão vivos, em troca da soltura de cerca de 250 prisioneiros palestinos e 1.700 detidos de Gaza. Além disso, haverá aumento significativo no envio de ajuda humanitária para o território.

Primeiras 72 horas: libertação dos reféns

Com o início do cessar-fogo, começou uma contagem regressiva de 72 horas para que o Hamas entregue todos os reféns vivos até o meio-dia da próxima segunda-feira. A expectativa é que o processo siga protocolos anteriores: os reféns seriam recolhidos pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, transferidos para Israel, submetidos a exames médicos e, em seguida, reunidos com suas famílias.

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O acordo também prevê a devolução dos corpos de reféns mortos, embora não haja prazo definido para isso. Estima-se que pelo menos 26 reféns tenham sido mortos, e o destino de outros dois permanece incerto. Diferente de ocasiões anteriores, não haverá cerimônias públicas ou cobertura da mídia durante as entregas — uma exigência do governo israelense para evitar eventos propagandísticos.

Troca de prisioneiros e ajuda humanitária

Paralelamente à libertação dos reféns, Israel deverá soltar cerca de 250 palestinos condenados à prisão perpétua e 1.700 detidos de Gaza. Um dos nomes mais conhecidos, Marwan Barghouti, não está incluído na lista.

A ajuda humanitária também será intensificada: cerca de 600 caminhões com suprimentos devem entrar diariamente em Gaza. A medida busca aliviar a crise alimentar que, segundo especialistas apoiados pela ONU, já atinge mais de meio milhão de pessoas em condições “catastróficas” de fome e miséria. Israel nega que haja fome generalizada no território.

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Monitoramento internacional

O cessar-fogo será supervisionado por uma força multinacional de cerca de 200 militares, coordenada pelos EUA, mas sem presença de tropas americanas em solo. O contingente deve incluir soldados do Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos, com a missão de garantir que não haja violações ou incursões.

Segundo o governo israelense, as tropas já estão reposicionadas conforme o acordo, mantendo controle sobre 53% da Faixa de Gaza. O plano prevê três etapas de retirada, com reduções futuras para 40% e, posteriormente, 15% do território, formando um “perímetro de segurança” até que não haja risco de novos ataques.

Próximos passos

Se a primeira fase for concluída, começarão negociações sobre as etapas seguintes do plano de Trump, que incluem:

  • Desmilitarização completa de Gaza e destruição de infraestrutura militar.
  • Administração temporária por um comitê de tecnocratas palestinos, supervisionado por um “Conselho da Paz” presidido por Trump e com participação de Tony Blair.
  • Transferência futura da administração para a Autoridade Palestina, após reformas internas.
  • Exclusão do Hamas de qualquer papel no governo, com oferta de anistia ou exílio para seus membros.

Apesar do avanço, há pontos de divergência. O Hamas não se comprometeu a desarmar e insiste em ter participação política futura. Israel, por sua vez, demonstra resistência à ideia de entregar o controle a Autoridade Palestina. Além disso, não há cronograma claro para a retirada total das tropas israelenses — um ponto que deve gerar impasse nas próximas rodadas.



FONTE

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