Depois de um outubro de liquidações, o mercado de criptomoedas esperava recuperação em novembro, mas o penúltimo mês do ano também teve um ambiente de aversão ao risco que afetou o universo cripto. Em dezembro, porém, há expectativa de melhora no humor dos investidores.
Temores relacionados à trajetória dos juros nos Estados Unidos e a uma possível bolha de IA devem começar a se dissipar em dezembro, segundo Paulo Camargo, cofundador da Underblock. “A reabertura do governo americano e o encerramento do ciclo de aperto monetário pelo Federal Reserve fornecem um alívio moderado para a liquidez, suficiente para permitir um repique de alta caso o mercado consiga consolidar esse movimento”, prevê o especialista.
Para dezembro, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) seguem como as criptomoedas mais recomendadas, mas outros ativos menos conhecidos do grande público também aparecem nas recomendações.
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Todo mês, o InfoMoney consulta exchanges, gestoras e casas de análise para saber quais os ativos mais recomendados para o período. Confira a lista de dezembro:
| Criptomoeda | Nº de recomendações | Retorno em 30 dias |
| Bitcoin (BTC) | 9 | -15,83% |
| Ethereum (ETH) | 9 | -19,99% |
| Solana (SOL) | 7 | -24,70% |
| Chainlink (LINK) | 3 | -17,51% |
| Hyperliquid (HYPE) | 3 | -19,22% |
Bitcoin (BTC)
Em recuperação nos últimos dias, mas ainda cotado abaixo de US$ 100 mil, o Bitcoin é indicado por Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset, por ser o ativo mais conservador do mercado cripto, que passa por um momento de volatilidade. Além disso, o especialista diz que o ativo vem se consolidando como “reserva digital de valor”.
Ethereum (ETH)
O papel do Ethereum como ativo base para diversas narrativas o torna “especialmente relevante”, segundo André Franco, CEO da Boost Research, que reconhece o desempenho pior do ETH ante o Bitcoin nos últimos três meses, mas destaca comparação positiva desde abril. “Em ciclos de retomada, o ETH costuma ser a primeira altcoin a se recuperar com força, abrindo caminho para ativos mais arriscados”.
Solana (SOL)
Rony Szuster, head de research do Mercado Bitcoin, destaca que o ativo pode ter um ETF à vista nos Estados Unidos muito em breve, “potencializando em grande medida a entrada do capital institucional no projeto”. Para o especialista, “esse ecossistema em pleno crescimento tende a apresentar uma performance muito positiva” em dezembro.
Chainlink (LINK)
O protocolo foi criado para resolver uma das grandes dores do setor ao permitir o acesso a dados confiáveis para contratos inteligentes. “Com presença em múltiplas blockchains e uso crescente em protocolos financeiros, a Chainlink tende a se fortalecer no longo prazo, impulsionada pela adoção institucional e pela expansão da tokenização”, projeta André Sprone, Latam Growth Manager da MEXC.
Hyperliquid (HYPE)
Valter Rebelo, head de cripto da Empiricus, destaca a integração da blockchain de alta performance com carteiras amplamente utiilzadas, como Phantom e Metamask, como um marco para o token HYPE. “Ao facilitar o acesso a milhões de usuários já familiarizados com essas interfaces, a rede fortalece sua adoção”.





