Início GERAL Correspondentes bancários alertam para crédito mais caro e defendem redução escalonada da...

Correspondentes bancários alertam para crédito mais caro e defendem redução escalonada da margem consignável



Correspondentes bancários que atuam em Mato Grosso defendem que a margem consignável disponível para o funcionalismo público seja reduzida de forma escalonada. De acordo com a categoria, um corte brusco, como proposto pelo Governo do Estado, pode fazer com que o servidor recorra a empréstimos com taxas de juros muito mais elevadas do que as que são praticadas atualmente.

Leia também
Apartamento luxo em nome da filha e investimentos nos EUA: empresário é acusado de lavar milhões

“O que a gente não quer é que o servidor fique mais endividado. Da forma que foi feita essa proposta, o servidor vai acabar indo para um crédito mais caro, como CDC que chega a 6% ou 7%, dependendo do banco. O servidor vai sair de um crédito com taxas de 1,80%, 1,90%, 2% e vai tomar o crédito nos grandes bancos de varejo que detêm a folha de pagamento, com juros muito mais alto”, aponta Dieberg Paiva, um dos representantes dos correspondentes.

Na audiência pública realizada, nesta terça-feira (17), pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os profissionais explicaram que o limite estabelecido hoje é de 60% do salário líquido, sendo 35% para empréstimos consignados, 15% para cartão de crédito e 10% para cartão benefício. Já a proposta enviada pelo Estado para apreciação dos deputados, e que já passou em primeira votação, é de redução da margem para 35%.

Por outro lado, a Associação dos Correspondentes e Promotoras de Crédito do Estado de Mato Grosso sugere uma diminuição gradual da margem em 5% ao ano, a partir de 2026, até atingir 45%, percentual praticado pelo Governo Federal. Conforme a entidade, a ideia é ajustar a regra com responsabilidade, sem causar impactos imediatos que possam prejudicar a vida financeira de quem depende desse tipo de operação.

Os correspondentes bancários, conhecidos como “corbans”, são profissionais responsáveis por fazer a intermediação das operações de crédito entre os servidores públicos e as instituições financeiras. Ainda segundo Dieberg Paiva, o que a categoria busca nesse momento é participar dos debates sobre o assunto e também trabalhar em conjunto com outras entidades para definir uma melhor proposta para todos.

“A gente quer dizer para os servidores que estamos juntos. Não queremos lesar ninguém. Não queremos atrapalhar a vida de ninguém. O que pudermos fazer juntos com o sindicato, vamos fazer. A nossa proposta está aberta para o debate e gostaríamos de trabalhar com o sindicato, com os servidores, para melhorar o que for possível. O que a gente não quer é que acabe, é que pare, como praticamente está hoje”, pontua.
 



FONTE