A defesa dos policiais militares Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva alegou que a circulação de informações não comprovadas e distorcidas está atrapalhando o andamento das investigações e pediu sigilo no processo que apura suas supostas participações no roubo à agência do Sicredi, ocorrido em 31 de julho.
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A defesa destaca que, embora os policiais sejam agentes públicos, suas vidas são privadas e suas imagens estão sendo prejudicadas diante de acusações graves e midiáticas, que merecem proteção.
“A publicidade excessiva, com a circulação de informações ainda não comprovadas ou distorcidas por terceiros, pode gerar um ambiente de pré-julgamento, afetando a credibilidade da Justiça e a presunção de inocência dos acusados”, diz trecho de petição.
Por conta disso, os advogados pedem que a instrução criminal transcorra sem pressões externas e indevidas, permitindo que as provas sejam analisadas com objetividade e que a decisão final seja pautada estritamente nos elementos colhidos nos autos.
“A decretação do sigilo processual não visa suprimir a transparência, mas sim protegê-la de distorções e interferências externas, assegurando que o processo se desenvolva em um ambiente propício à busca da verdade e à aplicação justa do direito”, finaliza.
Os policiais foram presos após o depoimento da ex-namorada de um dos criminosos detidos apontar suas supostas participações no crime. Além disso, a Polícia Militar encontrou vídeos de uma câmera de segurança de uma conveniência, em um posto de combustível, que mostram a presença dos policiais junto aos criminosos envolvidos no caso.
Em determinado momento, um dos policiais chega a cumprimentar um dos bandidos. Apesar da gravação, a participação dos policiais no crime ainda não foi confirmada.
O caso segue sob investigação.
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