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Delegado afirma que mulher que matou o marido com facada na garganta não agiu em legítima defesa



Presa em flagrante pelo homicídio do marido, Mirian Cristina, de 45 anos, alegou que agiu em legítima defesa ao cravar uma faca no pescoço de Geliton Santos da Silva, também de 45 anos. O episódio foi registrado na noite desta terça-feira (18), em uma residência na região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá.

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Contudo, no entendimento do delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e que efetuou a prisão de Mirian, a reação da mulher não se configura como legítima defesa por conta da violência do golpe e por ambos, vítima e suspeita, estarem bebendo juntos.

“Eu cheguei a conclusão que não caberia (legítima defesa) e por esse motivo eu fiz o auto de prisão em flagrante. Eu a autuei em flagrante porque temos ali uma faca de grande espessura, um golpe em uma região fatal. A perfuração foi tão profunda que, conversando com os peritos, provavelmente a faca pode ter atingido até mesmo, além da veia do pescoço, ela pode ter atingido uma veia do coração, uma artéria”, declarou o delegado em entrevista ao programa Cadeia Neles.

O delegado deu ainda detalhes sobre a conversa que teve com testemunhas no local. Nilson relatou que os próprios vizinhos do casal relataram que era uma discussão mútua e não somente unilateral, por parte dele para cima dela.

“Era uma discussão mutua, não era somente ele que agredia ela. Realmente dava para ver, segundo as testemunhas, que eram agressões mutuas.  Por esse motivo, não enquadrei na legítima defesa de cara, a princípio. Logico que vai ser feito todo um trabalho de investigação, não é uma decisão final ainda, mas (ela) foi autuada em flagrante para ser submetida a audiência de custódia e se o judiciário entender que existe requisito da preventiva (prisão), manterá”. 

Apesar de não ter atestado, inicialmente, a legítima defesa, o delegado relatou em entrevista que acredita que a mulher não ficará presa devido ao fato de que ela não possuiu passado criminal, que é uma mulher idônea.

“Eu acredito que não existe requisito para a prisão preventiva, porém a prisão em flagrante existia, a meu ver, sim porque foi uma faca muito grande, espirrou sangue na parede. Realmente uma cena triste de se ver, uma família se desfazendo, então foi feita a prisão em flagrante dela, mas acredito eu que não deva ser convertida em prisão preventiva”, finalizou o delegado.



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