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Em Cuiabá, Paulinho da Força diz querer votar projeto que reduz penas do 8 de janeiro na próxima semana



O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), relator do projeto de lei que propõe a redução das penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2022, afirmou em Cuiabá que espera superar a resistência do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para colocar o texto em votação na próxima semana. Segundo ele, o projeto deve substituir a proposta de anistia e reduzir pela metade o tempo de prisão dos réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Ele [Bolsonaro] pega seis anos e dez meses de cadeia, é isso que foi a condenação. Com a minha redução de penas, isso cairia em torno de dois anos e sete meses, dois anos e oito meses. Como ele já cumpriu uma parte, reduziria um pouco mais. É isso que vai ser o final do negócio ali”, explicou o deputado.

Paulinho admitiu que o projeto enfrenta resistência dentro do Palácio do Planalto e da bancada petista, que sinalizam voto contrário.

“Tem problemas também hoje com o Palácio Planalto, com o PT, que deve votar contra, e por isso tem atrapalhado um pouco o andamento do projeto lá. Espero que a gente possa superar isso nos próximos dias e votar na próxima semana”, disse.

De acordo com o deputado, a proposta tem o objetivo de pacificar o país e encerrar o impasse político em torno da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Para ele, a medida traria benefício a todos os lados, tanto ao Palácio do Planalto quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Acho que esse projeto pacifica o país, do meu ponto de vista. Na medida em que as pessoas serão soltas, essa discussão de anistia ou não-anistia deixaria de existir. Por isso, acho que todo mundo seria beneficiado, inclusive o Bolsonaro”, declarou.

Substituto da anistia

O projeto relatado por Paulinho da Força busca estabelecer um meio-termo entre punição e perdão. Em vez da anistia ampla, que apagaria as condenações , a proposta prevê redução proporcional das penas de todos os envolvidos, sem eliminar os efeitos criminais.

Nos bastidores do Congresso, a ideia tem ganhado apoio de parlamentares do centro e da direita moderada, que defendem um gesto de distensão política sem romper com o discurso de defesa da democracia. Já a ala governista teme que o projeto seja interpretado como concessão política aos extremistas.

A proposta surge em meio ao esforço do Congresso para reduzir a temperatura da polarização política às vésperas de 2026. 

Paulinho da Força, um dos líderes do Centrão mais experientes da Câmara, tem atuado para reaproximar setores do centro político de Lula e, ao mesmo tempo, dialogar com a base bolsonarista, com quem mantém canais abertos.



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